A Adega Cooperativa de Vila Franca das Naves foi assaltada na noite de domingo para segunda-feira. Os ladrões arrombaram a porta para entrarem no edifício e, também por meio da força, acederam ao cofre dos escritórios, roubando parte do conteúdo. Entre os prejuízos causados, cheques e dinheiro subtraídos, a Adega perdeu cerca de 100 mil euros. A GNR de Pinhel já tomou conta do caso, que está sob investigação.
Na manhã de segunda-feira, os funcionários da adega depararam-se com as portas do edifício arrombadas e contactaram a GNR. O Núcleo de Investigação Criminal de Pinhel encontrou o local do crime bem preservado e tomou conta da ocorrência, tendo logo seguido o Núcleo de Apoio Técnico da Guarda para recolha de vestígios. As pessoas da vila foram interrogadas, em busca de elementos relacionados com movimentações suspeitas na localidade que pudessem ajudar nas investigações e foram alertadas para a ocorrência deste tipo de actuação. Durante o dia, a GNR de Vila Franca das Naves patrulhara a localidade, mas não foi detectado nada de anormal.
Ainda assim, Pedro Gonçalves, comandante do destacamento de Pinhel da GNR, prefere não adiantar as informações conseguidas junto dos moradores, para preservar o decorrer da investigação. Neste momento «a investigação está a tomar um bom rumo», afiança o responsável pela GNR, admitindo contudo que os suspeitos ainda não foram identificados. Uma missão que se tornará ainda mais difícil pelo facto das instalações da Cooperativa não disporem de sistema de vídeo-vigilância. O INTERIOR contactou Josefina Torres, mas a presidente da Adega Cooperativa de Vila Franca das Naves não esteve disponível para justificar a existência de tanto valor monetário, entre cheques e dinheiro, durante o fim-de-semana no cofre da instituição.
O mesmo edifício tinha sido alvo de uma tentativa de assalto há algum tempo, altura em que se verificou uma vaga de furtos no distrito da Guarda. O “modus operandi” usado nesses crimes era semelhante ao do início desta semana, o que levanta a possibilidade dos três indivíduos detidos há alguns meses no Norte do país não serem os únicos responsáveis pelos incidentes de então. Contudo, Pedro Gonçalves diz que «ainda não se sabe se tem que ver com isso».
A propósito da actuação das forças de segurança naquela zona, refere que o contingente de Vila Franca das Naves é «o possível neste momento, tendo em conta o contingente de Pinhel. Até porque há outras localidades mais complicadas, como as sedes de concelho envolventes». Afastada está a hipótese de encerramento daquele posto de GNR que «foi reforçado com duas pessoas há cerca de mês e meio e será novamente reforçado, assim que possível», adianta.
Igor de Sousa Costa