O Teatro Plástico apresenta amanhã à noite, no pequeno auditório do TMG, “O Frigorífico”, de Copi – nome artístico do dramaturgo argentino Raul Taborda Damonte.
Fruto de um delírio ou o retrato de um tempo descaracterizado e saturado de imagens, esta peça em que alguém, no dia em completa 50 anos, se debate com um frigorífico, é um dos mais fascinantes exercícios de interpretação do teatro contemporâneo. E também um texto cáustico e alucinante em que todos os géneros sexuais e todos os estilos teatrais se sucedem de forma vertiginosa (do masculino ao feminino, da comédia de género à farsa social e do melodrama ao cabaret). “O Frigorífico” é um dos emblemáticos monólogos que Copi chegou a representar, em 1983. Nesta versão, cabe a João Paulo Costa fazer passar em cena uma patroa, uma criada, uma porteira, um mordomo, um polícia e outras fantasias saídas do electrodoméstico. A encenação e direcção plástica é de Francisco Alves.