Quero felicitar O INTERIOR, em particular todos os trabalhadores, que no passado, presente e espero por um futuro longínquo, apesar de travar idênticas dificuldades, acerta no espaço plural, onde se inclui esta crónica política. A militância também passa por abraçar causas do interior pel’ O INTERIOR.
É nesta militância que travo o combate político e ideológico contra este governo de direita, este foi mitigando pseudo-debates sobre a reforma/refundação/ou lá o que seja do Estado. O entusiasmo para convencer tudo e todos da «inevitabilidade» do corte de quatro mil milhões de euros nas funções sociais do Estado não só parece não ter fim como começou a ser estimulado com a possibilidade de, a curto prazo, ser necessário descobrir onde cortar mais quase outro tanto. Ao que parece, a agendada poda de quatro mil milhões não chega para fixar as contas públicas nos mínimos impostos pelas “troikas” quando chegar ao fim o prazo dos cortes provisórios aplicados pelo Governo aos funcionários públicos, mas também caminhando para o desastre nacional.
A verdade dos factos exige que em cada espaço de opinião, ou troca de opinião entre amigos, seja rebatida a grave crise que nos aflige no quotidiano. A exploração acentua-se e surge cada vez mais ligada à violação de direitos, à repressão, aos cortes nos salários, aos salários em atraso. Já o desemprego atingiu o nível altamente preocupante, mais ainda entre os jovens. Cresce o número de pobres, de famílias sem recursos para fazer face aos gastos essenciais, indispensáveis à sua sobrevivência: a comida, a saúde, a água, o gás, a eletricidade; os direitos humanos são todos os dias espezinhados e violados – tudo em nome de uma «crise» que tem a particularidade de só atingir os interesses dos trabalhadores.
Tudo isto reflexo daquilo que alguns chamam de um «memorando» que, como o meu partido tem justamente realçado, não passa de um verdadeiro pacto de agressão contra Portugal, contra a imensa maioria dos portugueses e a favor da imensa minoria composta pelos donos dos grandes grupos económicos e financeiros – que se apresentam arrogantemente como donos disto tudo, o Governo incluído. Mas há um caminho, na luta organizada e confiante, que se encontra o caminho para a solução dos muitos e graves dramas que pesam sobre a maioria dos portugueses, também na Guarda se contribuiu e contribui nesse caminho de luta, pela mudança de política e governo.
Por: Honorato Robalo
* Dirigente da Direção da Organização Regional do PCP da Guarda