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Árvores

Mitocôndrias e Quasares

Ao longo dos últimos meses, a gestão da floresta tem sido um desiderato do poder político fruto de trágico ano de 2017 no que aos fogos diz respeito. Deste debate têm surgido alguma legislação e muitas ideias sobre como atuar em futuras situações de incêndios. Deixando esta temática para os especialistas, vamos focar a nossa atenção na definição do que é uma árvore.

“Árvore” é um termo assaz arbitrário. As árvores pertencem a muitas ordens e família de plantas e o seu aspeto varia da árvore com tronco alto e ramos dispersos a fetos arbóreos, cicadáceas, catos e plantas suculentas, palmeiras e plantas aquáticas, o que torna a palavra da “árvore” difícil de definir. O seu significado básico (corporizado, por exemplo, por um enorme carvalho) é apresentado por todos. A maior parte das pessoas concorda nas características essenciais de uma árvore. Uma árvore costuma ser alta: mais alta do que uma pessoa de estatura elevada, tendo, talvez, pelo menos o dobro ou o triplo da altura. Uma árvore tem longevidade: continua a crescer durante um número indeterminado de anos. Cresce a partir de cima: as plantas que desenvolvem novos caules de vida breve, a partir da base, a intervalos regulares. Uma árvore é (geralmente) lenhosa: as árvores costumam ter troncos robustos. Mas a verdadeira madeira, composta por um milhão de células de câmbio no interior da casca, encontra-se apenas em dicotiledóneas, coníferas e ginkgos.

Uma árvore pode ter um ou vários caules: quando a altura de uma planta lenhosa perene está entre 3 a 6 metros chamamos-lhe arbusto, quando se ramifica em múltiplos caules a partir do solo. Se tiver menos de 3 metros de altura talvez lhe chamemos arbusto, mas se tiver mais de seis será uma árvore.

A classificação botânica de uma planta não nos ajuda muito a perceber se se trata de uma árvore ou se apresenta outra forma de crescimento – como um arbusto, uma herbácea ou uma trepadeira. Quase todas as famílias de plantas compreendem uma grande variedade de formas de crescimento, embora nalgumas predominem as árvores, enquanto noutras sejam as herbáceas (plantas não lenhosas). E muitos dos maiores géneros de plantas, por exemplo, Euphorbia, compreendem uma variedade de formas, desde as árvores até ervas minúsculas. Uma espécie ou subespécie pode dar origem a árvore, um arbusto ou, mais raramente, uma trepadeira, de acordo com as condições entre as plantas que se encontram em montanhas expostas ou áreas costeiras. Nestas situações pode haver uma seleção de um hábito de crescimento mais arbustivo, que se protege dos ventos fortes, resultando em raças geneticamente fixas das espécies com essas características.

Desempenhando as árvores um papel tão importante nos ecossistemas, importa olhar para elas não como um negócio gerador de riqueza, mas como um investimento produtor de bem-estar.

Por: António Costa

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