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Área ardida duplica em duas semanas na Guarda

O distrito da Guarda é o terceiro mais afetado pelos fogos, tendo ardido 1.211 hectares desde o dia 1 de agosto

Os incêndios já consumiram, entre 1 de janeiro e 15 de agosto, 2.406 hectares de matos e povoamentos no distrito da Guarda, que continua em terceiro a nível nacional, segundo o último relatório provisório do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Os distritos mais afetados são Bragança (13.360) e Viseu (4.969),

Em apenas duas semanas (de 1 a 15 de agosto), os fogos florestais fizeram desaparecer quase mais mil hectares do que há um ano em todo o mês de agosto, quando arderam “apenas” 293 hectares na Guarda. Nas duas primeiras duas semanas deste mês, o distrito registou 23 incêndios e 57 ocorrências, o que representa um total de 82 incêndios e 213 ocorrências desde o início do ano. Contas feitas, arderam neste período 1.211 hectares de matos e povoamentos, o que perfaz um total de 2.406 hectares, isto é, mais do dobro da área que tinha ardido entre 1 janeiro e 31 de julho (1.195 hectares). Isto quando os dados do relatório anterior até apontavam para um verão mais tranquilo, posto que nos primeiros sete meses do ano tinha ardido, na Guarda, uma área três vezes inferir à registada em igual período do ano passado.

Contudo, os resultados prometem piorar, uma vez que o último relatório divulgado pelo ICNF ainda não considera os incêndios que assolaram há uma semana o Vale do Mondego. Nas duas primeiras semanas de agosto destaca-se o fogo em Moreira de Rei, no concelho de Trancoso, que consumiu um total de mil hectares. Em termos globais, a base nacional de incêndios florestais regista 30.989 hectares de área ardida, verificando-se 9.529 ocorrências (1.430 incêndios florestais e 8.099 fogachos) desde janeiro.

Dados do ICNF não abrangem o incêndio no Vale do Mondego

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