No domingo, a deslocação do Sporting da Mêda já era difícil e mais difícil ficou ao constatar que o homem que ia dirigir a partida era oriundo da AF do Porto com interesse neste resultado, uma vez que ao Leça também lhe interessava que a equipa do distrito não vencesse em Serzedelo.
Como se não bastasse, a Mêda entrou a perder, já que logo aos 3’ uma desatenção dos centrais, com culpa também para Zé Luís, que saiu em falso, permitiu a Belmiro colocar o Serzedelo na frente do marcador. Os visitantes não baixaram os braços e volvidos seis minutos, na marcação de um canto, Patoilo apareceu ao segundo poste para restabelecer a igualdade. Os pupilos de Artur Lobão vestiram o “fato macaco” e continuaram a pressionar os minhotos, que só por muita sorte não viram a Mêda dilatar o marcador ainda durante os primeiros 45 minutos. No segundo tempo, o Serzedelo entrou mais pressionante, mas foi a Mêda que logo aos 47’, por intermédio de Rui Alves, se adiantou no marcador. Estava feito um resultado que interessava, e de que maneira, aos medenses, que iam controlando as operações com o intuito de conseguirem os três pontos da vitória.
Mas o árbitro Daniel Santos, que fez um trabalho inteligente, encarregou-se de permitir aos locais que chegassem à igualdade com um golo de Sócrates, que bateu pela segunda vez Zé Luís numa jogada precedida de falta sobre Edi – que só o árbitro não viu, apesar de estar bem posicionado. Artur Lobão ainda fez algumas alterações, mas o resultado não se alterou até ao apito final do “artista” que viajou da cidade invicta. A equipa do distrito da Guarda foi a melhor em campo e aquela que merecia sem dúvida os três pontos, só não os conseguindo porque alguém assim não quis. O Sp. da Mêda alinhou com Zé Luís, Patoilo, Pura, Rui Alves, David Reis, Rogério, Jean, Batatinha (Batata), Salcedas, Edi e Tibério (David Dias) (Prata).
Fernando Araújo