O distrito da Guarda já possui um mecanismo de gestão e detecção de acidentes e catástrofes via Internet. Trata-se do Sistema de Gestão de Risco e Emergência do Distrito da Guarda (SIGER), plataforma única aplicada à escala regional,que foi apresentado na sexta-feira, na Guarda. O projecto foi desenvolvido pelas empresas Guarda Digital e Pensar Território (Coimbra), abrangendo todos os concelhos do distrito e envolveu custos na ordem dos 400 mil euros.
A ferramenta está disponível na Internet (com acesso restrito, mediante palavra-passe), para gestão e planeamento de situações de emergência e risco. O SIGER baseia-se num SIG (Sistema de Informação Geográfica) e contém uma base de dados com informações tão díspares como o número de colchões de uma corporação de bombeiros, a quantidade e os tipos de combustível numa estação de serviço ou o curso de água mais próximo. Esta inventariação exaustiva facilita a actuação dos agentes da Protecção Civil em caso de acidente ou catástrofe. Será gerido em termos operacionais pelo Comando Distrital de Operações de Socorro e tecnicamente pela Guarda Digital, e encontra-se disponível para todos os municípios, corpos de bombeiros e forças de segurança do distrito.
Para Sérgio Duarte, da Guarda Digital, o SIGER «não terá muita visibilidade, mas será um dos nossos projectos mais úteis para a comunidade», salientou. Já António Rochete, da empresa Pensar Território, aproveitou para salientar que o projecto «trata de vidas humanas». Referindo que «por vezes até terá informação a mais, o que sempre é melhor que a menos», destacou a importância da constante actualização da plataforma por parte das entidades competentes, já que «o projecto nunca estará fechado».
Presente na cerimónia esteve também Maria do Carmo Borges. Naquela que terá sido a sua última acção pública como Governadora Civil da Guarda, salientou que a ferramenta apresentada «vai ser importantíssima para a defesa do distrito, que tem uma forte componente de floresta». De resto, a responsável acredita que os municípios vão aderir ao novo projecto.
Rafael Mangana 
