Ao contrário do que é habitual, agosto não contribuiu muito para a área ardida na Guarda.
Segundo o último relatório provisório da Autoridade Florestal Nacional (AFN), o distrito contabilizava no final do mês anterior 4.435 hectares queimados, apenas mais 293 que no final de julho. A estatística distrital, divulgada na segunda-feira, revela que desde o início do ano houve 496 ocorrências, com predomínio dos incêndios florestais (238), em que a área ardida é superior a um hectare, sobre os fogachos (213). Em consequência, arderam 3.170 hectares de matos e 1.265 de povoamentos, o que perfaz um total de 4.435 hectares. O distrito é agora o sexto em termos de área ardida no país, uma posição que pode perder após a contabilização dos grandes incêndios registados na semana passada na zona da Serra da Estrela (ver texto nesta página). Até lá, à frente da Guarda estão Faro (22.181 hectares), Bragança (10.716), Braga (7.957), Viseu (5.974) e Vila Real (5.973). Já em Castelo Branco arderam neste período 1.412 hectares.
Os distritos de Bragança e Guarda continuam a ser os únicos onde os incêndios florestais foram superiores aos fogachos, enquanto o maior incêndio de 2012 ocorreu em julho, no concelho de Tavira, e consumiu 21.437 hectares de espaços florestais. Ou seja, cerca de 29 por cento do total da área florestal ardida em Portugal desde o início do ano, refere a AFN. Até ao final de agosto, os fogos afetaram 73.055 hectares.