As eleições para a concelhia da Guarda do PS estão marcadas para 6 de dezembro e podem vir a ser disputadas por João Pedro Borges e António Monteirinho.
O primeiro ainda não confirma que é candidato, apenas diz estar disponível para liderar uma lista «o mais unificadora possível do partido», mas recusa o «unanimismo». João Pedro Borges considera que o momento é de viragem para os socialistas da Guarda. «O PS tem que crescer, conquistar novos militantes e ser visto pela sociedade civil como uma solução para o futuro do concelho e da cidade», afirma o jovem militante, de 37 anos, filho da antiga presidente da Câmara e da Federação PS da Guarda Maria do Carmo Borges. Na sua opinião, a «fase complicada» que o partido está a viver depois da derrota estrondosa nas últimas autárquicas só pode ser contrariada com a união dos militantes e com a abertura à sociedade e aos movimentos independentes porque «a forma de fazer política mudou e o PS – e os outros partidos – vão ter acolher estas novas sensibilidades». João Pedro Borges promete divulgar «em data oportuna» o seu programa e apoiantes.
Aparentemente mais atrasada está a potencial candidatura de António Monteirinho, que há pouco mais de ano e meio foi derrotado por Nuno Almeida. «Estou numa fase de avaliação e de conversas com alguns militantes para ponderarmos a oportunidade de avançar com um projeto», esclarece. No entanto, o socialista assume que o principal problema com que está a confrontar-se é a duração do próximo mandato: «Quatro anos, é muito tempo e anti democrático. Além disso, a vida pode dar muitas voltas e quem está hoje num projeto pode já não estar amanhã devido à sua vida profissional ou pessoal. Nestas circunstâncias, é muito difícil fazer um programa para quatro anos. Aliás, se for eleito, irei convocar eleições ao fim de dois anos», revela António Monteirinho, que diz contar com os mesmos apoios de 2012 e outros. Nessa altura, teve ao seu lado Joaquim Valente, Sequeira Abrantes e Daniel Vendeiro. Ao que tudo indica, o universo eleitoral na concelhia guardense deverá rondar os 180 militantes.