Foi no dia 30 de julho de 1878 que nasceu, em S. Pedro do Sul, António Correia de Oliveira. Ficou órfão de pai aos 12 anos de idade, indo estudar para o Seminário de Viseu. Após um breve período na sua terra natal, fixou-se em Lisboa como jornalista, tendo sido redator do “Diário Ilustrado”, seguindo depois a carreira de funcionário público ao mesmo tempo que se dedicava às letras. Foi no jornal “Commercio de Vizeu” que, a 2 de maio de 1896, que foram publicados os seus primeiros versos, como saudação em mão, entregues à rainha D. Amélia, que se instalara nas Termas do Banho, para tratamento. Colaborou nas revistas “A Arte”, “Águia” e “Seara Nova”. Foi membro da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Brasileira de Letras. Na sua obra poética, repassada de um lirismo tradicionalista de raiz popular, desfilaram os valores nacionalistas e a exaltação patriótica do país. Algumas das suas obras: “Auto do Fim do Dia”, “Raiz”, “Ara”, “A Minha Terra” (dez volumes), “Na Hora Incerta” ou “A Nossa Pátria” (oito volumes) e “Azinheira em Flor”. Morreu em São Paio d’Antas, Esposende, a 20 de fevereiro de 1960.
Por: Américo Brito
