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Antiga diretora da Casa do Menino Jesus acusada de 10 crimes

Covilhã

A antiga diretora técnica do Lar de Infância e Juventude da Casa do Menino Jesus, na Covilhã, está acusada pelo Ministério Público (MP) de nove crimes de maus tratos em autoria material e concurso real contra crianças e jovens que estão na instituição.

Por agora, Regina Coelho está proibida de exercer funções como psicóloga e diretora técnica da instituição e ficou sujeita à medida de coação de termo de identidade e residência. A antiga responsável está também proibida de contactar com funcionários e utentes da Casa do Menino Jesus e está ainda indiciada por um crime de peculato pelo uso do cartão de crédito da instituição para pagamento de despesas pessoais. Segundo a acusação, o MP considera também que uma educadora da Casa do Menino Jesus cometeu quatro crimes de maus tratos em autoria material e pede que a mesma seja afastada das funções que ainda desempenha, por considerar que Tânia Soares «não reúne as condições necessárias para continuar a desempenhar a atividade de educadora social que exerce».

No entanto, esta questão já foi analisada pelo juízo criminal da Covilhã, que decidiu que a educadora indiciada se manteria no exercício normal das suas funções até ao julgamento. O caso remonta ao ano passado, quando em março uma das crianças fugiu da instituição e originou uma investigação das autoridades. Em junho, O INTERIOR publicou uma reportagem com o relato de um funcionário da Casa do Menino Jesus, onde denunciava casos de alegados maus tratos a menores institucionalizados. Posteriormente a essa notícia, a direção desta IPSS anunciou a abertura de um inquérito interno para apurar a veracidade dos factos relatados, tendo o caso sido participado ao MP para eventual procedimento criminal.

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