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Cem anos sem solidão, porque nasci com a Paula no dia 4 de Março de 1961. Foi em Lourenço Marques. Depois foi Valença do Minho, e Coimbra. São 50 anos acompanhado da irmã, e encostado às meiguices da mãe, do pai, e dos manos Zé e Pedro. Fizemos um percurso ou fomos empurrados pelo caminho? Muitas vezes fomos levados pela corrente da história. Descolonizar foi uma descontinuidade. Os casamentos foram escolhas e percursos que trouxeram filhos e sobrinhos e novos destinos. A primazia dos filhos aprendemos com os pais e por essa razão somos clã, somos família. Eles tiveram paciência com as minhas ilusões e com as minhas loucuras. Apoiar bandas de música, lançar livros, criar uma empresa, ser irascível com a injustiças, reativo com as coisas que não compreendo, tudo isso lhes cimentou uma tolerância que não encontrei noutros lados. Assim também exagerei ao comemorar e decidi reunir os amigos que puderem e estiverem disponíveis no Theatrix – na Av. Sá da Bandeira em Coimbra às 23 horas dos dias 4 e 5 de Março. Convidei os amigos que estiveram próximos de mim e da www.artez.pt. Convidei as empresas com quem trabalhei e os companheiros de onde exerci a profissão. Para mim é um marco histórico, pois ultrapassei o meio século, coisa que era insuspeita para mim há alguns anos. Excetuando o pai, estamos quase todos os que poderíamos estar. É um momento de reflexão, de retrospetiva e de felicidade ao encontrar os amigos dos últimos anos. Já agora dizer que o Theatrix (antigo cinema Avenida de Coimbra) é mais uma grande iniciativa do eng. Luís Soares, que tem provado ser um resistente e que ao proporcionar-nos este momento, num lugar que é seu, nos demonstra a força do percurso e das escolhas que fomos tendo. Obrigado amigos.

Por: Diogo Cabrita

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