O líder da concelhia do PS de Seia recebeu na última sexta-feira a «total confiança» de cerca de 40 militantes durante uma Assembleia de Militantes. André Figueiredo tinha sido acusado por um grupo de sete elementos daquela estrutura de não estar a cumprir os estatutos do partido e desrespeitar «competências e atribuições» dos órgãos concelhios, para além de ter sido considerado um factor de «desunião ou de instabilidade» no seio dos socialistas senenses.
Num comunicado, não assinado, estes «golpes fraccionários» contra o presidente da concelhia são «veementemente repudiados», ao mesmo tempo que se declara apoio à recandidatura de Eduardo Brito à Câmara de Seia. Um lugar que André Figueiredo chegou a reclamar para si no início do seu mandato, mas que foi rapidamente contestado pelos seus opositores. Numa carta, divulgada por “O Interior” na edição de 24 de Março, aqueles sete elementos sublinhavam a «imaturidade política do líder do partido, conforme atestam vários exemplos que são do conhecimento geral», sendo ainda responsabilizado por acentuar «o fosso entre o “Partido Institucional” – que “faz de conta” – e o “Partido Real”, aquele que está junto das pessoas e dos problemas». De resto, consideravam haver motivos «mais que suficientes» para a queda da concelhia, cujos órgãos estavam «feridos de morte de legitimidade» por a comissão política não reunir desde Maio de 2004. Mas também pelo seu «esvaziamento de conteúdo», contrariando o ponto 1 do artigo 40º dos Estatutos, segundo o qual “A CPC é o órgão de definição de estratégia e coordenação da actividade do partido a nível municipal”», acrescentam.