De acordo com a edição do jornal “Público” da última terça-feira, a presidente da Unidade Local de Saúde da Guarda é acusada de «perseguir, intimidar e desautorizar» funcionários que estarão a preparar uma queixa contra Ana Manso.
Segundo aquele diário, a antiga deputada do PSD está a esvaziar o Serviço de Instalações, Equipamentos e Transportes (SIET), considerado fulcral para o funcionamento da unidade hospitalar. Dos quatro elementos que fazem parte do SIET, dirigido por Carlos Lameiras desde junho, apenas o diretor se encontra a trabalhar, estando os outros três engenheiros de atestado: dois de baixa psiquiátrica e um por incapacidade. Em declarações ao “Público”, o ex-diretor do SIET e militante socialista, Victor Gonçalves, fala em mau ambiente na ULS, responsabilizando Ana Manso pelo clima de insatisfação: «Esvaziaram-me de funções, não têm em conta as nossas opiniões técnicas e somos postos à margem de tudo. Sou vítima de perseguição», declarou o ex-diretor de serviço. Acusações que são negadas pela ULS. Citada pelo jornal, fonte do gabinete de comunicação garantiu que «não são praticadas atitudes persecutórias seja a quem for», indicando a propósito do SIET que o Conselho de Administração «tomou por unanimidade a decisão de fazer cessar, por interesse público, a colaboração de dois elementos que estavam destacados» daquele serviço.
Victor Gonçalves chegou à Guarda em 2005 com o projeto do novo hospital da Guarda, tendo sido destacado pela ARS Centro, onde era responsável pela divisão de Instalações e Equipamentos, para assessorar a direção da unidade e fazer o acompanhamento da obra. Contudo, acabou por ser nomeado diretor do SIET, criado na altura, por Fernando Girão, então diretor do Sousa Martins. Nesse âmbito, o engenheiro foi responsável pela obra de remodelação e ampliação da unidade até Ana Manso assumir a presidência da ULS.