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Álvaro Amaro quer que Estado venda Hotel Turismo a privados

Cabeça-de-lista da coligação PSD/CDS-PP anunciou que não vai assumir lugar de vereador se perder no dia 29

Álvaro Amaro não será vereador se perder as autárquicas no dia 29, mas promete ficar na Guarda se for eleito. A garantia foi deixada na passada sexta-feira, à margem da apresentação do seu programa eleitoral, realizada no auditório da Torre de Menagem.

O candidato da coligação PSD/CDS-PP sublinhou que o documento contém «o que se pretende fazer e cumprir», pois a comissão que o elaborou, coordenada por Constantino Rei, foi desafiada «a pensar com ambição, mas com realismo». O programa divide-se em três capítulos (Política integrada de desenvolvimento sustentável; Coesão social, qualificação e desenvolvimento; e gestão municipal/ simplificação administrativa, cidadania e participação). Se for eleito, Álvaro Amaro quer construir «uma cidade capital» da região das Beiras e Serra da Estrela, mas também fazer da Guarda «uma cidade para as pessoas, investindo na qualidade de vida e do ambiente urbano, com uma vida cultural intensa» e que terá capacidade de «reter e atrair recursos humanos qualificados». Entre as várias propostas destacam-se a criação de um gabinete de apoio ao investimento e empreendedorismo, bem como do Conselho Estratégico de Investimento, que reunirá emigrantes naturais da Guarda e representantes dos setores agrícola, industrial e comercial.

A coligação propõe-se ainda «estudar» a implementação de um «“porto seco” ou “estação aduaneira interior», um terminal intermodal terrestre, comparticipar a revitalização comercial e o pagamento de bolsas a empresas que criem estágios profissionais, assim como captar investimento para a PLIE. «Como pode atrair investidores vendendo os lotes 20 ou 50 vezes mais caros que nos concelhos vizinhos. Eu vou baixar este custo», promete Álvaro Amaro, que vai exigir aos funcionários da autarquia o cumprimento de prazos relativos à instalação de empresas. «Não quero acreditar que não houve investimento nestes anos por falta de resposta da Câmara, como me contaram alguns empresários», acrescentou, tendo anunciado que fazer reabilitação urbana e que para isso conta com os técnicos da Câmara. «Comigo, eles vão ajudar o executivo a pensar a cidade e propor soluções, nós cá estaremos para decidir», disse. O candidato garantiu também que vai reabilitar o mercado municipal, um edifício de que não gosta – «aquilo não é bonito nem funcional, nem atrai ninguém», afirmou.

Já o ar e o bioclimatismo são considerados o «“cluster”» da Guarda, tendo anunciado que vai exigir do Estado que venda o Hotel Turismo a privados «a um custo simbólico», ou, se não for possível, que o Turismo de Portugal participe numa sociedade a constituir após uma avaliação «por baixo» do imóvel. «Estas são as duas hipóteses atualmente porque o Estado não vai fazer uma escola de hotelaria na Guarda. Isso foi um bom negócio financeiro para a Câmara, mas um desastre para o desenvolvimento da cidade», criticou. De resto, o cabeça-de-lista da coligação PSD/CDS-PP vai «pugnar» pela conclusão da Linha da Beira Baixa entre a Guarda e a Covilhã e avançar com uma academia do desporto. Já quanto às obras do Hospital Sousa Martins, Álvaro Amaro disse-se mais preocupado com a eventual perda de valências e de recursos humanos. Nesta sessão, o candidato apelou também ao eleitorado para que «julgue o passado» e o trabalho do PS na Câmara da Guarda.

Luis Martins Carvalho Rodrigues, candidato à Assembleia Municipal, lembrou que a Torre de Menagem «era o local onde se reuniam as últimas forças quando a cidade já não tinha saída»

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