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Álvaro Amaro obtém «vitória saborosa» sobre Ana Manso

Líder da distrital do PSD foi reeleito com mais 226 votos e avisa adversários que «ninguém tem um estatuto especial» no partido

Álvaro Amaro não esconde que a sua reeleição para a presidência da distrital da Guarda do PSD foi «uma vitória saborosa». No passado sábado, o autarca de Gouveia (767 votos) derrotou Ana Manso (541) por mais de 226 votos, um resultado «confortável» que nem mesmo a derrota na concelhia da Guarda, a maior do partido, ofuscou. «A votação deixa claro que os militantes escolheram um caminho, uma estratégia», declarou o vencedor, avisando, desde já, que ficará «a falar sozinho quem falar contra a estratégia definida pelos órgãos do partido».

Nestas eleições, os dois candidatos repartiram as concelhias. Álvaro Amaro, que concorria a um segundo mandato, ganhou em Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Gouveia (onde obteve 85 votos contra 5 de Ana Manso), Mêda (110 contra 40), Trancoso e Vila Nova de Foz Côa. Já Ana Manso venceu em Aguiar da Beira (85 contra 1), Guarda (169 contra 125), Pinhel e Seia. A ex-líder social-democrata obteve vitórias menos folgadas no Sabugal (mais um voto) e em Celorico da Beira e Manteigas (dois votos de diferença). De resto, a vitória de Amaro estava consumada ainda antes dos resultados da Guarda serem conhecidos – foram divulgados cerca das 23 horas –, pois o presidente cessante levava já mais de 200 votos de vantagem sobre a sua opositora. Dos 1.667 militantes em condições de votar, cerca de 1.308 foram às urnas para escolher o líder da distrital. Com Álvaro Amaro, foram também eleitos Júlio Sarmento (Assembleia Distrital) e João Mourato (Conselho de Jurisdição).

Confirmada a vitória, o dirigente disse esperar que haja «coesão para trabalhar nos próximos dois anos» no PSD da Guarda, sublinhando que «ninguém terá convites especiais» para se empenhar nessa tarefa. «Mas também que ninguém se exclua deste trabalho», pediu, considerando que o partido tem que estar «atento e ter força» para denunciar os problemas do interior, que «são ainda maiores nos tempos que correm». E para bom entendedor, Álvaro Amaro avisa que «ninguém tem um estatuto especial» no seio da distrital. Instado pelos jornalistas, o presidente reeleito do PSD comentou o caso dos militantes que participaram nas campanhas de outros partidos nas últimas eleições para dizer que não será ele a abrir processos. «Não concedo que um militante seja candidato, ou vista ostensivamente a “camisola” de outro partido, e continue no PSD. Mas esse é um problema jurisdicional que só se coloca se for apresentado nos órgãos próprios», disse.

Já Ana Manso foi irónica: «Nós dormimos de consciência tranquila porque não pagámos quotas e muito menos prometemos lugares, empregos e concelhias», declarou. Contudo, a ex-deputada e antiga líder da distrital escusou-se a concretizar as denúncias, preferindo antes contribuir para que o partido «trabalhe e mobilize» os militantes. A candidata sublinhou ainda a vitória na Guarda e disse lamentar que o PSD tenha perdido «uma oportunidade de mudança e de união dos sociais-democratas do distrito para ganhar os próximos desafios». Quanto ao futuro, Ana Manso garante que vai «continuar por aí, com uma atitude pela positiva para melhorar o partido. Sempre assim foi, é e continuará a ser da minha parte».

Luis Martins Derrota na Guarda, a maior concelhia social-democrata, ensombrou noite de Álvaro Amaro

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        Ana Manso

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