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Alunos falam dos medos e expectativas

EXAMES NACIONAIS À PORTA

Cristiana Santos (11º C)

Os exames são para nós alunos, meios coactivos que nos atormentam, deprimem e tiram a alegria de viver desde o primeiro dia que entramos no Ensino Secundário porque sabemos que, ao pretenderem avaliar a nossa aprendizagem/ produto do nosso trabalho, vão ser determinantes no nosso sucesso/insucesso. Todavia, a intranquilidade, a angústia e o nervosismo que geram em nós, quer antecipadamente, quer no momento da sua realização, levam a que o resultado seja muitas vezes, afectado por estes factos.

A acrescentar a isto, muitas vezes, os exames apelam mais à memória mecânica que à compreensão do saber, não medem o que devem medir, ora são muito difíceis, ora são muito fáceis e têm por detrás uma certa subjectividade de quem corrige. Claro que, para certos alunos que se sentem injustiçados nas notas ao longo do ano, os exames são benéficos.

Mais do que o medo ao exame, o que nos motiva o estudo é o termos um professor a quem respeitar, que nos ensine, respeite, aprecie o nosso trabalho e nos dê valor e, na generalidade, os professores da nossa escola possuem estes atributos.

Em suma, o resultado dos exames, além de tudo o já referido, também reflecte o produto do trabalho do professor. Todavia, este, por mais que se esforce, se não tiver alunos capacitados e empenhados, pouco ou nada pode fazer.

Rita Morais (12ºB)

Nervosismo, talvez ansiedade, é aquilo que me ocorre quando se fala em exames. Mesmo após infinitas horas de estudo e uma confiança (aparentemente) transcendente, não creio que haja alguém que não sinta aquele friozinho na barriga quando chega a fatídica hora.

Como combater esta sensação? Bem, como aluna de 12º, ainda nem eu descobri! Penso que termos confiança em nós mesmos e naquilo que conseguimos fazer é mais que meio caminho andado para o sucesso.

Relativamente a medos perante o que possa sair no exame, acho que é uma questão bastante subjectiva. No entanto, Probabilidades até mais não (Matemática) e Álvaro de Campos (Português) seria, com certeza, uma mistura explosiva!

João Andrade, 12º D

Muitos vêem os Exames Nacionais como o “Cabo das Tormentas”, outros vêem-no como uma espécie de “Cabo da última esperança” e têm esta visão porque precisam dos exames para fazer alguma disciplina anulada anteriormente ou porque dependem deles para prosseguir os estudos no ensino superior.

No meu caso, estou dependente deles para ingressar na faculdade, pois os deste ano são as provas de ingresso específicas para o curso que penso seguir. No entanto, não os vejo como uma porta que está fechada e que nós, alunos, temos que abrir, vejo-os antes como uma outra porta que está aberta e que temos que saber passar.

Os Exames Nacionais são as provas que, contrariamente ao que muitos pensam, põem os alunos de todo o país em pé de igualdade e que garantem uma forma de ensino justa. Eu pessoalmente sou a favor da realização dos mesmos e acho que são essenciais para um sistema de educação que devia ser ainda mais exigente para preparar aqueles que vão, sem dúvida, ser o futuro de Portugal.

Espero que me corram bem a mim e a todos os meus colegas para que consigam comprovar a nível nacional o trabalho que desenvolveram, honrando assim a nossa escola que tanto contribuiu para a nossa formação.

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