Quarenta espanhóis, onze polacos, nove turcos, duas lituanas e um italiano, são 63 os alunos Erasmus que entraram na primeira fase no Instituto Politécnico da Guarda (IPG). A cerimónia de boas-vindas aconteceu na passada quinta-feira pelo vice-presidente Fernando Neves.
Distribuídos por 10 cursos e há pouco mais de uma semana na Guarda, os estudantes mostraram-se motivados para esta nova experiência numa cidade diferente. Kristina Vasiliauskaite veio da Lituânia e o que viu da Guarda chega-lhe para afirmar que é «muito bonita» e que tem «uma cultura e uma arquitectura muito interessantes», acrescentando que a “aventura” de estudar num país completamente diferente do seu deve-se ao facto de Portugal ser «na Europa e é mais parecido com a Lituânia, foi a minha primeira escolha». Para o turco Engin Ozturk, o facto dos portugueses serem «muito acolhedores e prestáveis» contribuiu para a opção. «Quase todos os professores nos fazem sentir em casa», afirma, considerando que o Politécnico da Guarda é «muito bom para aprender e estudar». Já Dawid Chajec confessa que procurava um país que fosse «o mais distante possível» da sua Polónia natal, isto «pelo gosto pelas viagens e por conhecer novos lugares».
Nesse sentido, «Portugal foi o local mais atractivo para estudar», garante. Relativamente à cidade, conclui que «é muito pequena, mas é agradável», e até confessa preferir a Guarda à capital: «Estive em Lisboa, por exemplo, e é muito grande para mim. Senti-me muito confuso. Mas na Guarda senti-me muito bem e gostei», refere. Alfonso Grillante – o único italiano que escolheu o IPG – confessa ter optado pela cidade mais alta porque «a escola onde temos Engenharia Civil é muito boa e profissional, os professores estão muito presentes e a cidade é muito tranquila». De mais perto veio David González. Oriundo de León, na vizinha comunidade espanhola de Castela e Leão, é um dos 40 castelhanos que entraram no IPG nesta primeira fase de acesso. Apesar de confessar estar «habituado a algo maior», sublinha que, «para o número de habitantes que tem, a cidade está bastante bem, tem muito comércio e pode-se passar bem o tempo».
A cerimónia de quinta-feira serviu não só para dar as boas-vindas aos alunos estrangeiros, mas também como sessão de esclarecimento sobre o funcionamento do Politécnico e sobre algumas particularidades da cidade e região. Com 39 alunos Erasmus inscritos no ano passado (28 na primeira fase e 11 na segunda), o crescimento registado este ano (63 estudantes só na primeira fase) constitui para o vice-presidente do IPG um «salto em grande» no desenvolvimento do processo de internacionalização desejado pelo Instituto. Fernando Neves mostrou-se muito optimista em relação ao futuro e desejou que estes números sejam «o prenúncio de chegarmos aos 300 [alunos Erasmus]» nos próximos anos. Para o responsável, este aumento traria «uma comunidade diferente, enriquecia a escola, ajudava muito os professores a fazerem esta transição para o modelo de internacionalização que precisamos», afirmou.
Do lado oposto, também o número de estudantes portugueses que saíram do IPG para o estrangeiro já ultrapassou o total registado em 2009. Este ano, só na primeira fase foram 20 a procurar outras paragens para completar a sua formação, mais um que na totalidade dos inscritos no ano anterior.
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Rafael Mangana