Arquivo

“Alma Grande” no TMG

Teatro onírico e musical de O Bando no grande auditório amanhã

O Bando apresenta amanhã à noite, na Guarda, “Alma Grande”, uma peça de teatro baseada no conto homónimo de Miguel Torga e inspirada na pintura de Marc Chagall. Trata-se de uma produção, encenada por João Brites, que assinala o regresso do grupo de Palmela à etnologia e literatura portuguesas, mas também ao tema da morte.

Depois da inolvidável representação de “Bichos”, baseada igualmente num conto de Torga, em torno da Sé Catedral por ocasião do Festival de Teatro da Guarda, o grupo sediado em Palmela traz agora “Alma Grande”. É uma criação de teatro onírico, que contrasta o lado luminoso e sombrio da vida, mas sobretudo um espectáculo musical acompanhado ao vivo e cantado durante grande parte da representação, com destaque para a incursão teatral de Filipa Pais (Raquel). A peça é inspirada na lenda do Abafador, que, no tempo dos Cristãos Novos, era conhecido por acabar com o sofrimento alheio. O moribundo desta história é Isaac, que luta incansavelmente contra a morte, dividido entre os apelos de Lia, sua mulher, pela vida, e de Raquel, a personificação da morte, pelas trevas. No fundo, “Alma Grande” é uma história de amor, ódio e vingança ou a vida, a esperança e o inevitável. João Brites é o autor da dramaturgia e encenação, enquanto os actores/cantores são Filipa Pais, Gonçalo Amorim, Horácio Manuel, Nicolas Brites e Sara de Castro. A composição original de Jorge Salgueiro é interpretada por António Barbosa e Inês Vieira (violinos), João Vasco e António Laertes (órgão) e Mário Cabica e João Quitalo (clarinete baixo). A coreógrafa Olga Roriz encarregou-se da preparação de actores e movimento.

Sobre o autor

Leave a Reply