Aliança PS/PSD na Câmara da Mêda

Paulo Amaral (PSD) é o vereador que dá uma maioria confortável ao executivo de Anselmo Sousa (PS) na Câmara da Mêda. Com esta aliança, os socialistas podem governar sem sobressaltos, tendo apenas os dois eleitos do CDS por oposição.

O candidato do PSD nas últimas eleições autárquicas assume as funções de vereador a tempo inteiro, sendo responsável pelos pelouros da proteção civil, ambiente e turismo. «Não era fácil governar com minoria, pois havia uma intranquilidade muito grande», admite Anselmo Sousa para justificar a decisão, afirmando que «tivemos de fazer um acordo com outro partido e o que estava na disposição de colaborar connosco era o PSD». O entendimento foi alcançado há cerca de um mês, altura em que Paulo Amaral se juntou aos dois vereadores socialistas: «Estamos mais serenos e acreditamos que conseguiremos implementar o desenvolvimento que queremos para o concelho», sublinha o presidente. Apesar de ser uma colaboração recente, o autarca socialista garante que o novo vereador a tempo inteiro «se tem mostrado participativo e dinâmico», fazendo um balanço positivo destas primeiras semanas de novas funções no executivo.

Por seu lado, Paulo Amaral defende que a decisão surge da «vontade expressa de contribuir para o bem-estar do concelho, que precisava de estabilidade e políticas de desenvolvimento». O social-democrata sublinha que os partidos se encontraram e colocaram as suas condições para assinarem este acordo, tendo em consideração «o interesse» dos munícipes. «As harmonias governativas são importantes para que as medidas possam ter aplicabilidade prática», considera o vereador. Ainda é cedo para fazer balanços, mas Paulo Amaral garante que, «em termos de relacionamento e expetativas, tem sido positivo». O mais recente elemento a tempo inteiro do executivo foi vereador de João Mourato, o histórico social-democrata que liderou a autarquia medense durante seis mandatos consecutivos, entre 1997 e 2009. De resto, a candidatura de Paulo Amaral em setembro foi muito contestada e motivou mesmo a demissão da concelhia.