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Alexandre Lote em vantagem para segunda volta na Federação do PS Guarda

Vereador da Câmara de Fornos de Algodres foi o mais votado na sexta-feira mas não obteve os 51 por cento de votos necessários para suceder já a António Saraiva. O cargo vai ser disputado com Pedro Fonseca, que obteve menos 51 votos que Alexandre Lote. José Luís Cabral não vai a votos mas pode ser decisivo na eleição do novo presidente federativo.

José Luís Cabral está fora da corrida à presidência da Federação do PS da Guarda mas vai ser o fiel da balança na segunda volta, marcada para dia 22 e que vai opor Alexandre Lote e Pedro Fonseca. O vereador da Câmara de Fornos de Algodres e antigo dirigente da JS local venceu a primeira votação, realizada na sexta-feira, mas não obteve os 51 por cento de votos necessários para suceder já a António Saraiva.

Alexandre Lote conseguiu 499 votos, mais 51 que Pedro Fonseca (448), o segundo mais votado. O celoricense José Luís Cabral ficou-se pelos 368 votos e sai de cena, tendo-se registado nove votos brancos e 10 nulos. O fornense ganhou também na eleição de delegados ao congresso federativo, que vai decorrer a 24 de março em Figueira de Castelo Rodrigo, onde terá 52 representantes, enquanto Pedro Fonseca contará 47 e José Luís Cabral 39. Na primeira volta votaram 1.333 militantes dos 1.666 em condições de votar, o que faz desta eleição para a Federação uma das mais participadas das últimas décadas com 80 por cento dos inscritos a irem às urnas. Decidida está já a presidência do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas com a eleição de Marisa Fonseca, candidata única ao cargo e à sucessão de Olga Marques.

Nas primeiras declarações da noite eleitoral, Alexandre Lote e Pedro Fonseca, que foram à sede socialista, convergiram na aproximação a José Luís Cabral. Contudo, o guardense parece ter a tarefa mais facilitada graças a uma aproximação recente ao grupo do antigo presidente da Federação, José Albano Marques. Por sua vez, o fornense pode vir a ser vítima de um acerto de contas por a sua candidatura envolver apoiantes desavindos do ex-líder socialista. Ciente disso, Alexandre Lote comprometeu-se apenas a «conversar com todos os militantes e José Luís Cabral é um deles». O candidato sublinhou que o objetivo é ganhar e disse-se confiante num «bom resultado» na segunda volta. «Esta vantagem de 51 votos sobre Pedro Fonseca permite-me encarar o desafio com boas expetativas, até porque ganhámos claramente na maioria das concelhias», afirmou o vereador da Câmara de Fornos de Algodres. «A vontade dos militantes está expressa, estou claramente mais perto de ganhar e agora é preciso trabalhar militante a militante para a segunda volta», acrescentou Alexandre Lote.

Na sua opinião na campanha «ficou claro que apresentámos as melhores ideias e os melhores projetos para o distrito» e esses serão «os argumentos que devem fazer os militantes que votaram noutras listas reforçarem a nossa votação» a 22 de março, considerou. Por sua vez, Pedro Fonseca foi mais efusivo relativamente a José Luís Cabral, que disse ter dado «um contributo importante nestas eleições, com uma boa moção política, na qual, sendo eleito presidente da federação, irei com certeza beber muitas ideias». O vereador da Câmara da Guarda assumiu estar agora «melhor preparado» para convencer os militantes que não votaram em si para o fazer no dia 22: «Tenho mais de uma semana para continuar a trabalhar nessa luta. Hoje, tenho uma perceção ainda mais fidedigna dos problemas que afetam o distrito e das soluções, beneficiando dos contributos que me foram dados nas sessões e conversas com os militantes nas diferentes concelhias», adiantou o candidato, que milita no partido desde setembro de 2016.

Luis Martins Pedro Fonseca e Alexandre Lote vão a votos no dia 22

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