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«Ainda sinto ansiedade e nervosismo antes de tocar»

Hugo Ramone amadureceu como artista e quer levar a música «mais a sério»

A “arma” de Hugo Dantas é a música, na qual cresceu como Hugo Ramone. Há muito que o guardense, de 36 anos, se expressa através de sons e ideais que sobem ao palco com ele. Os primeiros acordes remontam à adolescência, tendo começado a compor pouco depois.

«Em 1992 compus as minhas primeiras músicas com amigos», adianta o músico, sublinhando que «o tempo ia passando e faltava, talvez, criar uma banda e dar ritmo àquilo». Foi nas garagens que alimentou este “bichinho”: «Criava músicas e letras de intervenção, estava revoltado com o mundo à minha volta», confessa. O próprio visual foi-se adaptando ao conhecimento musical, mas uma carreira não era prioridade: «Não aceitava como certas editoras faziam contratos; sempre apoiei o “underground” e as edições de autor», salienta Hugo Ramone, admitindo que, hoje, pensa «de outra forma e levo a música mais a sério».

Hugo Ramone é versátil: foi baterista nos Rotten Skulls, Loud, Konflito Social, Fora de Prazo, Tribo Urbana, Raw Decimating Brutality, Melómanos e Epidemik; tocou guitarra elétrica e deu voz aos Estado de Choke, Kondenados, The Traumatics e Zippers; e, em One Man Riff e Too Many Riffs, tem-se multiplicado pela voz, guitarra semi acústica e elétrica, baixo e bateria. O ajudante funerário surgiu a solo em 2011, lançando o CD de estreia no ano seguinte: One Man Riff ganhou vida após «um ano e meio parado, em que andei em baixo», admite. A região foi o seu palco durante vários meses, trajeto que faz agora com Olivier Nunes em Too Many Riffs: «É um excelente guitarrista e um grande amigo; o projeto tornou-se mais acessível e as letras são todas em português», destaca Hugo Ramone.

O punk rock é a sua «escola musical», mas são muitos os “riffs” que o acompanham: «Ainda sinto ansiedade e nervosismo antes de tocar, mas em palco volta tudo ao normal», afirma. «Todos os concertos são bem-vindos, pois queremos editar um CD e arranjar uma distribuidora», revela o músico, que ambiciona «começar a tocar em festivais de verão no próximo ano».

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Sara Quelhas Hugo Dantas integrou várias bandas locais

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