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Ai Ambrósio, ai Ambrósio

Estava no fim de mais um dia de trabalho, quando através do fax, chegou-me às mãos artigo assinado por J.A.Ambrósio, publicado no jornal “O Interior”.

Começa o articulista Ambrósio por demonstrar ser um indefectível admirador do carácter, da personalidade e do arrojo das iniciativas empresariais, e defensor das posições políticas assumidas pelo Eng. José Luís Crespo de Carvalho. Devo informá-lo que sou primo e amigo do Eng. José Luís, sabia da sua opção, que também não era segredo para ninguém, mas resolvi apoiar a candidatura da Dra. Ana Manso.

Em seguida menciona o meu nome, quase completo, o que é obra (…). Por não ser o Eng. José Luís mas sim o primo, também José, sou de facto pessoa completamente diferente. Será que preciso de lhe mandar fotografia ou fica desde já esclarecida a sua dúvida, com ou sem os três pontinhos.

O que é mais grave é o que escreve a seguir sobre a minha candidatura como independente, escreve sem saber, insinua sem ter provas, ocultando-se cobardemente em mais três pontinhos, tentando ofender quem não conhece minimamente.

Para seu sossego, sou de facto candidato independente à Assembleia Municipal da Guarda, não sou militante de partido nenhum nem na Guarda nem em Lisboa, não porque já não me tenham convidado, mas porque tenho outros afazeres. Posso-lhe esclarecer que aceitei esta candidatura para ver se, por qualquer forma, poderia contribuir para a revitalização das abandonadas aldeias deste concelho. Há 31 anos que vivem de promessas jamais cumpridas e sofrem na carne a desertificação constante. Pode ficar descansado quanto às minhas ambições, presentes e futuras.

(…) Quanto às outras pessoas que tenta visar no seu ridículo, malcriado e calunioso artigo, e quem sabe se passível de tratamento judicial, farão o que melhor entenderem. Quanto a mim pode ficar descansado, pois já o classifiquei de inimputável.

Posso no entanto dar-lhe uns conselhos para futuros escritos: informe-se bem, pense uma e mais vezes no que vai e quer escrever por sua espontânea e livre vontade e se quiser ofender alguém faça-o com verdades e com provas (mesmo assim não é bonito na praça pública), ou então se for por encomenda cobre-se bem, pois para além de mentecapto pode ser tido por otário.

(…) O nosso assunto está encerrado, não conte comigo para mais nada.

José Manuel Ferreira Crespo de Carvalho, Lisboa

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