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Aguiar e Mêda são os concelhos com menor poder de compra da região

Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), relativos a 2007, revelam que a Guarda surge atrás de Castelo Branco e Viseu

Nenhum concelho da Beira Interior supera o poder de compra médio nacional, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), relativos ao ano de 2007. Castelo Branco é o que surge mais bem posicionado, à frente da Guarda e da Covilhã. Também Viseu, capital do distrito vizinho, está melhor que a Guarda, embora com uma diferença muito pequena. No lado oposto da tabela, a Mêda é o município com menor poder de compra por habitante da região, seguido de muito perto por Aguiar da Beira.

A nível nacional, a região de Lisboa congrega seis dos 15 concelhos portugueses com maior poder de compra do país, sendo que apenas quatro dos 18 municípios da região estão abaixo da média nacional. Os dados do INE revelam ainda a existência de assimetrias internas acentuadas no Norte, entre o litoral e o interior. Castelo Branco surge com 96,12, ao passo que Viseu com 91,86 e a Guarda com 91,70. Nos restantes concelhos do distrito da Guarda e da Cova da Beira, seguem-se a Covilhã (84,14), Almeida (72,90), Fundão (70,06), Seia (65,83) e Belmonte (61,27). Abaixo dos 60 figuram Pinhel (58,71), Gouveia (58,61), Manteigas (58,49), Trancoso (57,32), Celorico da Beira (55,72), Figueira de Castelo Rodrigo (54,80), Vila Nova de Foz Côa (54,01). Por último, aparecem os concelhos de Fornos de Algodres (51,92), Penamacor (51,79), Sabugal (51,47), Aguiar da Beira (49,77) e Mêda (49,19). A nível nacional, o concelho com menor poder de compra é o de Vinhais (Bragança) com apenas 45,88.

O Indicador per Capita (IpC) do poder de compra pretende caracterizar os municípios «sob o ponto de vista do poder de compra, numa acepção ampla, a partir de um conjunto de variáveis», esclareceu o INE à agência Lusa. O vencimento salarial, contratos imobiliários e o número de automóveis são algumas das variáveis em questão. No que respeita à sua escolha, o INE refere que «embora todas as variáveis se encontrem associadas ao poder de compra, nenhuma pode ser considerada uma sua representação fiel» já que, «se assim fosse, não seria necessário recorrer a uma metodologia de análise multi-variada».

Em 2007, dos 308 municípios portugueses, apenas 39 superavam o poder de compra per capita médio nacional enquanto que, na edição de 2005 do estudo do INE, eram 43 os municípios em que tal se verificava, sublinha a entidade. No lado oposto, em 2007 eram 21 os municípios com um poder de compra per capita manifestado inferior a 50 por cento da média nacional, ao passo que em 2005 apenas 17 estavam nesta situação. Destes 21, há 15 que pertencem ao Interior da região Norte, «distribuídos pelas sub-regiões Tâmega, Douro e Alto Trás-os-Montes, e quatro ao Interior da região Centro», entre os quais se encontram a Mêda e Aguiar da Beira.

Ricardo Cordeiro Mêda é um dos 21 municípios com um poder de compra per capita inferior a 50 por cento da média nacional

Aguiar e Mêda são os concelhos com menor
        poder de compra da região

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