Treze jogos volvidos no Nacional da IIIª Divisão e é cada vez mais notório que a falta de sorte e de pontaria dos jogadores serão os dois principais factores para que o Aguiar da Beira continue a não pontuar. Poderá haver uma ligação entre as duas situações, mas o que é certo é que em quase todas as partidas disputadas, a equipa joga bem, cria situações de golo feito, mas não consegue marcar. Não se pode falar em bruxas, mas é por demais evidente que algo se passa.
O jogo deste domingo com o São João de Ver não teve grande história, uma vez que a turma visitante, que alguns pensavam ser uma “super-equipa” por ter militado na IIª Divisão B na época passada, não demonstrou ter futebol capaz de levar de vencida a partida. Mas foi isso que aconteceu, beneficiando de um erro do guarda-redes Patrício. Ao tentar evitar um canto, o guardião, que tem substituído o habitual titular Filipe, lesionado, encaixou a bola mas deixou-a cair de seguida, com Nuno, junto da linha de golo, a só ter que encostar o pé para fazer o golo aos 30’. Só assim a formação forasteira conseguiu sair vencedora de uma partida dominada na sua totalidade pelos visitados. Durante todo o jogo, o São João de Ver não fez um remate à baliza, trocou bem a bola, mas só saiu do seu meio-campo em contra-ataque, tal a avalanche de ataques e posse de bola da equipa da casa. O Aguiar teve inúmeras oportunidades de marcar, com golo praticamente feito aos 3’, 21’, 23’, 54’, 56’, 80’, 83’ e aos 87 minutos, por intermédio de Agostinho, Nuno Gomes, Patoilo e Tino. Um ímpeto atacante dos aguiarense que só foi travado por faltas, algumas merecedoras de cartão amarelo. Nesta partida, o Aguiar da Beira só pode queixar-se de si mesmo, pois não foi capaz de marcar e consentiu um golo escusado.
Pedro Sousa