Os pupilos de Totá, deram uma “lição” de futebol ao terceiro classificado do campeonato, o Social de Lamas. Esta equipa não mostrou durante toda a partida qualidades futebolísticas e argumentos para justificar um dos lugares cimeiros, pese embora não se possa tirar o mérito ao seu conjunto. Foi uma equipa normal, ao alcance dos caseiros, e o futebol praticado foi, principalmente na segunda metade, de bola despachada para a frente, saindo sempre em contra-ataque e praticando um jogo muito viril, às vezes demasiado duro.
Celso, um júnior que Totá lançou pela primeira vez como titular, foi o mais castigado, já que deu muitas dores de cabeça ao último reduto do Lamas, sendo as suas belíssimas jogadas travadas única e exclusivamente com faltas, algumas merecedoras de vermelho directo. Os locais foram, sem dúvida, a melhor equipa em campo. A primeira parte pautou-se por um certo equilíbrio, no entanto, com maior pendor atacante por parte dos aguiarenses. Mesmo assim, na única jogada de real perigo para a baliza de Filipe de toda a partida, os visitantes fizeram o seu golo, aos 19’, por intermédio de Tiago, que aproveitou um erro defensivo. Um golo que surgiu contra a corrente do jogo, pois o Aguiar não aproveitou duas oportunidades para marcar.
A segunda parte do Aguiar foi avassaladora e os visitantes só chegaram à grande área em contra-ataque, mas sem criar perigo. A equipa da casa atacou com todas as armas, dando mostras de que tinha vontade de dar a volta ao resultado. Um querer e esforço que contribuiu para a tal lição de futebol perante uma equipa que se valeu do seu grande porte físico e de faltas cirúrgicas para adiar o golo merecido dos aguiarenses. Contudo, este surgiu aos 73’, através do defesa central Mozer, que, com grande sentido de oportunidade, correspondeu com êxito a um centro de um companheiro. Até ao final do jogo, o Lamas limitou-se a defender, enquanto o Aguiar procurou a vitória, que ainda surgiu aos 90’, por Nuno Gomes, mas o tento foi invalidado por alegada existência de fora de jogo de Pereirinha, que não interferiu na jogada. Aos 92’, nova oportunidade, só que o remate de Tino, que levava o “selo” de golo, foi desviado no último segundo para canto. O trabalho da equipa de arbitragem não foi bom. Muitas faltas merecedoras de cartões, alguns vermelhos, muitos foras de jogo mal assinalados, e o golo indevidamente mal anulado, prejudicaram o Aguiar da Beira, tendo tido influência no resultado.
Pedro Sousa
