Faltam apenas dois jogos para que o Aguiar da Beira consiga alcançar o feito memorável de terminar um campeonato sem sofrer qualquer derrota. No último domingo a equipa orientada por Totá deu mais um passo para este recorde ao derrotar o vizinho Desportivo de Trancoso.
O jogo, que colocou frente a frente o segundo e um dos quartos classificados do Distrital, começou equilibrado e só aos 17 teve alguma emoção. Primeiro foi Daniel Lopes que, de livre, quase surpreendeu Bruno, obrigado a ceder canto. Ainda no mesmo minuto, a equipa da casa inaugurou o marcador numa jogada que parecia não oferecer perigo. Simões cobrou um livre no seu meio-campo para a área contrária, onde tudo indicava que Sampaio ia agarrar a bola, mas o esférico bateu no chão e enganou o guardião trancosense, aproveitando Agostinho para cabecear para a baliza deserta. O Aguiar colocava-se em vantagem graças a um verdadeiro “frango” do guarda-redes contrário. Aos 37’, os locais partiram em superioridade numérica para o contra-ataque, mas Varandas cruzou muito mal e o lance gorou-se. Até ao intervalo, o jogo continuou equilibrado e bastante disputado a meio-campo, sem oportunidades de golo. Perto do final do primeiro tempo veio a chuva para não mais desaparecer, sendo que a etapa complementar foi disputada debaixo de um autêntico dilúvio.
Apesar do mau tempo, o Trancoso entrou melhor e chegou ao empate aos 63’, por intermédio de João Ferreira. O ponta-de-lança protagonizou uma excelente jogada individual, passando por vários adversários antes de se isolar perante Bruno que não conseguiu evitar o remate vitorioso. O Aguiar reagiu e oito minutos depois voltou a colocar-se em vantagem. Agostinho marcou um livre no lado direito para o segundo poste onde Tino, sem marcação, cabeceou para o fundo das redes. A equipa da casa melhorou depois deste golo e, aos 78’, esteve muito perto de fazer o terceiro. Grande confusão na área visitante com Agostinho a rematar à trave e a bola a ressaltar para perto da linha de golo, mas os defesas do Trancoso, com a ajuda da água, conseguiram afastar o perigo. José Geraldes fez um trabalho regular, sem influência directa no resultado, embora tenha acompanhado os lances de muito longe, quase sempre na zona do círculo central.