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Águas da Covilhã pode vir a ter capitais japoneses

Empresa nipónica está a negociar a compra de todas as participações que o consórcio AGS/Hidurbe detém em Portugal

A empresa municipal Águas da Covilhã (AdC) pode vir a ter num futuro próximo capitais japoneses. O grupo Marubeni está em negociações com a AGS/Hidurbe para adquirir todas as participações que aquele consórcio detém em Portugal nas empresas que prestam serviços de abastecimento de água. Na Covilhã, o negócio diz respeito a 49 por cento da AdC.

O embaixador do Japão visitou a Covilhã na última quarta-feira e anunciou que a empresa Marubeni «está em contactos para investir em Portugal no campo do abastecimento de água». Hiroshi Azuma adiantou que «se tal se concretizar, será para mim um motivo de satisfação ver mais uma empresa japonesa a operar neste concelho». Um interesse que deixou agradado o presidente da Câmara da Covilhã, que revelou «satisfação» com o negócio que se perspetiva e aguarda agora que as negociações para que a Marubeni se torne acionista minoritária da AdC «cheguem a bom porto». Vítor Pereira realçou que a Águas da Covilhã é uma empresa «muito importante no concelho, com implicações na vida diária de todos nós». O autarca deixou claro que o município é «alheio ao negócio, mas caso o grupo Marubeni venha a finalizar essa negociação vai adquirir a posição que o consórcio atualmente detém na Águas da Covilhã e será nosso parceiro».

Naquela que foi a sua primeira deslocação oficial à região, Hiroshi Azuma visitou também as Minas da Panasqueira, exploradas pela também nipónica Sojitz Beralt-Tin & Wolfram. Aliás, o embaixador realçou que este foi o «principal objetivo da visita», assegurando que a atividade da empresa no concelho «vai continuar no futuro próximo». Vítor Pereira realçou que «a Sojitz está consolidada, quer manter-se em atividade nas Minas da Panasqueira, e continuará a explorar», estando «até prevista uma expansão do negócio». O diplomata conheceu ainda o Parkurbis e a Universidade da Beira Interior, salientando que a visita serviu para «abrir portas» a uma cooperação entre o Japão e a região da Cova da Beira nas áreas da educação, cultura e economia. «Nesta visita verifiquei a existência de produtos locais que poderão ser competitivos no mercado japonês, como o vinho, o queijo ou o mel, e farei um trabalho de divulgação tendo em vista a sua exportação para o Japão», reforçou o embaixador.

Roff reforça presença na Covilhã

Francisco Febrero, CEO da empresa de consultoria Roff, que está instalada há cinco anos no Parkurbis – Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã reuniu-se na semana passada com Vítor Pereira e Mário Raposo, vice-reitor da UBI. O responsável garantiu ao autarca que a empresa e os seus colaboradores «se sentem bem na Covilhã e a área de negócio que aqui exploram está sustentada e querem continuar no nosso concelho e no espaço que ocupam». «Se no futuro se proporcionar a expansão do negócio, ponderaremos outro espaço, mas tal como me referiu o CEO da empresa, sempre que possível, querem ficar no Parkurbis», revelou Vítor Pereira.

Ricardo Cordeiro Vítor Pereira espera que as negociações em curso possam chegar «a bom porto»

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