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Água mais cara 7 por cento

Jovens casais com três ou mais filhos, reformados e portadores de deficiência terão direito a taxas sociais

As tarifas da água vão aumentar, em média, sete por cento em 2008, depois de terem subido 56 cêntimos este ano. O anúncio foi feito na última reunião do executivo por Vítor Santos, presidente do Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) da Câmara da Guarda, que justificou o novo preçário com o valor indexado pela Águas do Zêzere e Côa (AdZC), empresa multimunicipal de abastecimento e saneamento.

No entanto, para minimizar o impacto social desta medida, o presidente dos SMAS, e vereador na autarquia, revelou que haverá excepções para os jovens casais com três ou mais filhos e para os pensionistas, reformados e portadores de deficiência com condicionalismo igual ou superior a 65 por cento. Na primeira situação, a factura da família será calculada pela taxa mínima – 75 cêntimos – «qualquer que seja o seu consumo», disse o responsável. No caso dos idosos e pessoas incapacitadas vigorará uma taxa de 50 cêntimos por metro cúbico, até uma média de consumo de 10 metros cúbicos mensais. «Entendemos que, para um casal de pensionistas, este é o consumo razoável para as suas necessidades», acrescentou Vítor Santos, sublinhando que estas prerrogativas vão custar cerca de 150 mil euros de receitas dos SMAS.

«Mas, apesar disso, contamos equilibrar as contas de 2008», referiu. Os Serviços Municipalizados decidiram ainda seguir a recomendação do Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR) e reduziram de cinco para quatro os escalões de consumo. «As novas tarifas aumentam de forma progressiva consoante os escalões. Isto é, são mais seis por cento no primeiro escalão, depois sete e assim sucessivamente. No total, a média será de sete por cento», garantiu o vereador. Vítor Santos sublinhou ainda que as tarifas da água na Guarda «ainda são das mais baixas comparativamente a outras cidades da região, como a Covilhã, Viseu ou Castelo Branco». O novo tarifário entra em vigor em Janeiro.

Quanto à polémica do lixo nas antigas piscinas municipais, Joaquim Valente anunciou ser intenção da autarquia demolir o edifício, porque «não tem características para ser reaproveitado». Nesse sentido, o autarca lembrou que está a decorrer um estudo de valorização do parque municipal e envolvente, no âmbito do qual aquele espaço, em avançado estado de degradação, será «devidamente tratado do ponto de vista urbanístico», prometeu.

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