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Agrilogis desafia produção de azeite biológico

Projeto quer fortalecer e tornar mais competitiva a oferta da Beira Interior

O projeto Agrilogis – Logística e Distribuição na Fileira do Azeite, apresentado há uma semana, tem como foco os olivais da Beira Interior e destina-se a aumentar a produção, a qualidade e a competitividade no mercado do azeite biológico. A iniciativa deverá ser concretizada até final de 2015, contando com um investimento total elegível superior a 560 mil euros.

O projeto é apoiado por fundos comunitários e junta o NERGA – Associação Empresarial da Região da Guarda, a Agência de Desenvolvimento para a Sociedade da Informação e do Conhecimento (ADSI), a Associação de Agricultores para a Produção Integrada de Frutos de Montanha (AAPIM) e a InovCluster (Associação do Cluster Agro-Industrial do Centro), entre outros parceiros. «Há grandes condições para produzir azeite, mas se for igual aos outros não podemos competir com a maioria dos países», afirmou José Assunção, defendendo a «diferenciação do produto». O presidente da AAPIM garantiu haver 60 mil hectares de olival «com potencial para 120 mil», sendo que um dos objetivos desta ação é aumentar a produção biológica: «Há 560 hectares, mas o ideal era ter 5 mil», disse. «É preciso introduzir tecnologia para inovar e ser competitivo nesta área», indicou José Assunção, reiterando que «pretendemos que o olival tradicional da Beira Interior se converta em biológico» .

Os produtores interessados já podem inscrever-se numa plataforma online, sendo depois sujeitos «a um filtro para saber se faz azeite biológico e não “abandonológico”», ironizou o presidente da AAPIM. O “E-Market Place” é uma das etapas do Agrilogis, que visa ainda o diagnóstico do potencial agroindustrial do território e a realização de 11 seminários/workshops, entre outras ações. A plataforma «vai servir de base à comercialização e poderá depois ser adaptada à venda de outros produtos», adiantou o presidente da ADSI. «Queremos juntar os produtores, bem como permitir encontros com outra dimensão», informou Constantino Rei. Já Pedro Tavares, presidente do NERGA, lembrou que se trata de um «ideia antiga que caiu no projeto anterior e é retomada agora», pois o Agrilogis surgiu «da ideia de haver centros logísticos para os produtos agrícolas e este é o começo». Por sua vez, Cláudia Domingues, do InovCluster, garantiu que este é um «projeto âncora»: «Estamos noutro projeto de cooperação internacional e um dos objetivos é cruzar resultados com os parceiros europeus», disse.

O aumento da produção biológica é um dos objetivos da ação

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