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Agricultura integrada pode ter mais apoios

Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural visitou área de produção de frutos em Caria

O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas defendeu na semana passada uma maior fatia do próximo Quadro Comunitário de Apoio (QCA) para a agricultura de protecção e produção integradas. Rui Gonçalves, que falava perante algumas dezenas de fruticultores durante uma visita a uma área de protecção e produção integradas na cultura de maçãs, peras, pêssegos e cerejas, na Quinta dos Lamaçais, em Caria (Belmonte), disse que «as ajudas não vão aumentar, mas em relação aquilo que vier a ser disponibilizado, esta é uma área que deve ser mais apoiada».

«Só teremos mais sete a oito anos de ajudas comunitárias à protecção e produção integradas. Depois, teremos que ser auto-suficientes. O próximo QCA vai ser um período de transição», alertou. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, as áreas agrícolas em regime de protecção e produção integradas em Portugal abrangiam em 2004 um total de 200 mil hectares, subindo este ano para os 300 mil hectares. O número de agricultores subiu também de 20 mil para 24 mil, existindo 139 associações de protecção e produção integradas reconhecidas em todo o país. A tutela refere ainda que esta área tem sido «bem aproveitada» pelos agricultores da região e pelas suas organizações, «impondo os seus produtos através de elevados padrões de qualidade e conseguindo assim abrir novos mercados». O secretário de Estado foi ainda questionado sobre as queixas de agricultores, por falta de apoios contra a seca em diferentes regiões do país, tendo assegurado que o Governo «não fez nenhuma discriminação territorial, nomeadamente em relação às medidas que estão dispor por causa da seca. «As medidas estão disponíveis para todos os agricultores. Quando muito, houve problemas ao nível burocrático, mas que o Governo quer e está a ultrapassar», concluiu.

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