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Afinal só já faltam 61 dias

Crónica Política

À hora que escrevo este texto ainda não sabemos se o Sr. Presidente vai ou não indigitar António Costa para formar governo.

Muitos dirão que este é o tempo do Presidente e não deixa de ser verdade, mas a responsabilidade do momento e do lugar ocupado deveria ser suficiente para não continuar a brincar com o país. Convenhamos que a viagem à Madeira não foi mais do que um ato provocatório que deixou perfeitamente claro que o Sr. Presidente da República não demora porque precisa, mas apenas porque quer.

A verdade é que já se passaram praticamente dois meses desde as eleições de 4 de outubro, se retirarmos o dia de folga que o Sr. Presidente fez a 5 de outubro, estamos há 49 dias à espera de uma decisão definitiva. Uma decisão que permita ao país ter a estabilidade tão apregoada e desenvolver os diferentes mecanismos necessários para uma boa governação.

Hoje, poderá ser um dia histórico, poderá ser um marco na história da nossa democracia e consequentemente na história do nosso país. Portugal foi a votos no passado dia 4 de outubro e a maioria dos portugueses elegeu para seus representantes (deputados) uma maioria de esquerda em contraponto a uma coligação que, nos últimos quatro anos, tratou os portugueses como acessórios com os quais podia fazer o que quisesse.

Como qualquer coisa nova, também esta solução de governo cria dúvidas e desconfiança mas também cria expectativas e esperança. O Partido Socialista sempre esteve à altura das suas responsabilidades e desta feita não será diferente. Confesso que tenho as maiores expectativas em relação ao possível governo do Partido Socialista com apoio parlamentar dos partidos de esquerda.

Mas esta demora no processo de indigitação de um novo governo apenas nos veio relembrar da inabilidade politica, da falta de respeito e da prepotência que tão bem caracterizam o atual Presidente da República.

Esta semana também ficamos a saber a data das próximas eleições presidenciais e essa é uma boa notícia, afinal só já faltam 61 dias para o fim do mandato do político com mais responsabilidade do estado das coisas no nosso país.

Por: João Pedro Borges

* Presidente da concelhia da Guarda do PS

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