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“Adriana” arrebatou público e júri do Festival de Cinema da Covilhã

Filme de Margarida Gil foi distinguido com os prémios de melhor longa-metragem e de melhor realizador

A película “Adriana”, de Margarida Gil, foi a grande vencedora da segunda edição do Festival de Cinema da Covilhã, organizado pelo Inatel, ao arrebatar, no último sábado, o Grande Prémio, de 2.500 euros, e o galardão de melhor realizador. O filme foi ainda distinguido pelo público como a melhor longa-metragem em competição. Um reconhecimento que «orgulha» Margarida Gil, principalmente por agradar ao público. «É a prova de que apreciam também as produções nacionais», disse a cineasta, natural da Covilhã, que fez questão de marcar presença no certame.

“Adriana” deixou para trás as quatro produções concorrentes ao conquistar o júri e o público com as peripécias de uma jovem açoriana que busca no continente um homem para procriar e garantir a descendência na ilha. Ana Moreira, Isabel Ruth, Bruno Bravo, José Airosa e Vítor Correia dão vida a “Adriana”, que foi igualmente distinguido como o melhor filme português no Indie Lisboa 2005. Quanto às curtas-metragens, o júri considerou “Abraço do Vento”, de José Miguel Ribeiro, o melhor filme em competição, enquanto que Ricardo Aibéo mereceu a distinção de melhor realizador pelo filme “O Estratagema do Amor”. O júri distinguiu ainda Rita Durão como Melhor Intérprete pelo papel no filme “André Valente” e atribuiu uma menção honrosa a Miguel Gomes pelo filme “A Cara que Mereces”. Já o realizador Paulo Rocha mereceu um prémio especial de reconhecimento de carreira e contribuição artística.

Já o público considerou “Estrela da Tarde”, de Madalena Miranda, a melhor curta-metragem, e distinguiu ainda Miguel Mendes como o melhor realizador nessa categoria, pelo filme “D. Nieves”. Já na longa-metragem, o prémio de melhor realizador foi para Margarida Cardoso pelo filme “A Costa dos Murmúrios”, enquanto “Adriana” venceu na categoria de melhor longa-metragem. Luís Cassapo, coordenador geral do festival, faz um balanço «positivo» desta segunda edição da mostra, salientando o «acréscimo» de público na sala do Teatro-Cine da Covilhã. O mesmo não aconteceu nas outras salas que acolheram o festival por ter havido «talvez mais desinteresse, dificuldades técnicas ou falta de divulgação», aponta. Considerando que o festival está consolidado, Luís Cassapo aposta numa próxima edição «muito melhor», pois há a possibilidade de estabelecer parcerias com outros festivais de cinema do país.

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