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Adiamento de portagens nas SCUT agrava situação da Estradas de Portugal

Junta da Galiza diz que portajar auto-estradas prejudica a economia e o turismo

A Estradas de Portugal (EP) perde 10 milhões de euros por mês com o adiamento da introdução de portagens nas SCUT da Beira Interior (A23 e A25) e do Algarve (A24), revelou o “Diário Económico”.

Depois das receitas das portagens já cobradas nas ex-SCUT do país estarem abaixo das expectativas, a situação financeira da empresa fica agora agravada com a decisão do Governo de adiar o pagamento nas últimas auto-estradas sem custos para o utilizador, uma medida que deveria ter entrado em vigor a 15 de abril. Segundo informações disponibilizadas recentemente, o valor das taxas cobradas nas primeiras três antigas SCUT não chegam a 25 por cento do valor das rendas que a EP tem que pagar aos respetivos subconcessionários, sobretudo porque o tráfego diminuiu. Contudo, a empresa liquidou no último ano 237 milhões de euros em custos nessas vias, só que as portagens cobradas no último trimestre do ano acabaram por gerar apenas uma receita de 14 milhões de euros.

O governo tomou a decisão de suspender o pagamento de portagens na A23, A25 e A24 por entender que «seria inconstitucional» depois do primeiro-ministro se ter demitido. De um lado fica a EP, com um rombo orçamental cada vez mais grave e do outro os cidadãos que têm contestado fortemente a medida. Entretanto, a Junta da Galiza já veio afirmar que portajar auto-estradas está a «causar problemas no turismo e na economia» e, por isso, defende pelo menos a «retificação nos meios de pagamento».

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