Analisando os erros típicos dos alunos pode concluir-se que hoje em dia a maior parte dos alunos tem falhas habituais na pontuação e sintaxe. Numa observação feita por um professor de Português aos testes sumativos desta disciplina em duas turmas do 10º ano no passado mês de fevereiro, verificou-se que a maior parte dos erros se concentra no deficiente uso da vírgula (a mais ou a menos) e do ponto final, caindo também frequentemente os alunos em problemas de sintaxe. Os alunos, influenciados pela oralidade, têm a tendência de “não parar” para pontuar, comprometendo assim a clareza e estruturação da sua mensagem. Nos momentos em que devem parar para colocar uma pausa (vírgula, ponto e vírgula, dois pontos ou ponto final), não o fazem, resultando daí frases longas e com défice de inteligibilidade.
Quanto aos erros ortográficos a grande maioria tem a ver com a acentuação (a maioria por falta de acentos, a minoria por excesso). A pressa a fazer os testes ou os trabalhos leva também muitas vezes à orientação deficiente dos acentos, que muitas vezes não é possível serem identificados como graves ou agudos. Outros erros menos abundantes são a confusão i/e, u/o, s/z/ss/c/x, a forma “há” do verbo haver, o uso do hífen, a confusão –se/sse nas formas verbais, etc. Erram também frequentemente os alunos na colocação das aspas, no sinal de separação dos versos de um poema por barra, na separação dos elementos de uma enumeração.
A maior parte dos alunos que consultámos revelaram também que achariam bem que os erros fossem assinalados nos testes pelos professores e pedida pelo professor a sua correção de maneira adequada. Isto para além de um reforço do tempo de leitura para habituação a uma escrita correta.
