Cerca de uma centena de pessoas participaram, na última sexta-feira, na “Marcha da Liberdade”, organizada pela União de Sindicatos da Guarda. As frases mais ouvidas foram “25 de abril sempre, fascismo nunca mais” e críticas ao Governo, mas o ponto alto foi o momento em que, junto à Câmara da Guarda, os participantes se fizeram ouvir ao som de “Grândola, Vila Morena”.
Letícia Vedes, de 80 anos, que erguia orgulhosamente uma bandeira do MFA, contou a O INTERIOR que «estava na rua no dia 25 de abril de manhã com os alunos da minha escola». Agora «é preciso lutar muito para que os valores de abril, que infelizmente se estão a perder, ressuscitem», defendeu a professora reformada. Já António Machado, presidente da Associação Distrital dos Agricultores da Guarda (ADAG), diz que a data histórica «foi a maior alegria da minha vida», mas alerta para a emigração dos jovens e a fome de algumas famílias. «Nós só beneficiamos com técnicos, não é com velhos como eu», frisou o dirigente, considerando que «este Governo não tem legitimidade política porque está a atentar contra a constituição». «Apesar de tanta tecnologia e tanta terra, as crianças vão de novo para a escola sem comer», garante António Machado.
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