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Abertura em dois actos

Teatro Municipal da Guarda vai ser inaugurado na véspera do 25 de Abril

A cerimónia de inauguração do Teatro Municipal da Guarda (TMG) foi antecipada para domingo, anunciou terça-feira o presidente do município. Álvaro Guerreiro explicou que esta decisão fica a dever-se à «incontornável» comemoração do 25 de Abril e também às agendas apertadas das entidades oficiais para esse dia. A nova sala de espectáculos da cidade vai ser inaugurada pela ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, pelas 18 horas, a que se segue uma visita ao complexo e a abertura da exposição de Maria Oliveira. «A obra estará pronta a ser utilizada no dia 24», garante.

Trata-se de uma abertura em dois actos, uma vez que para 25 de Abril mantêm-se as primeiras actividades do TMG como a animação de rua, o “Apagão”, pelo grupo Artelier?, o concerto de José Mário Branco e o espectáculo de teatro, poesia e canções “Soltar a Língua”, do Trigo Limpo/Teatro ACERT. «É um momento muito importante para a vida da Guarda», considera o autarca, para quem o TMG vem colmatar uma lacuna: «Ao contrário de outras localidades, a cidade tinha actividade cultural mas não dispunha de um palco em condições, o que sempre condicionou a programação. Esse problema já não se põe a partir de agora», garante. De resto, Álvaro Guerreiro refere que a Guarda passa também a ter condições para acolher congressos e outras realizações do género, acreditando que o complexo vai potenciar áreas como o turismo, a hotelaria e a restauração. Nesse sentido, reitera que o público-alvo do Teatro Municipal da Guarda são os espectadores de «toda a região Centro, mas também da vizinha Castilla y León».

E argumentos não faltam na programação para o primeiro trimestre de funcionamento (ver texto ao lado). «Era importante haver um equipamento de raíz. O TMG terá capacidade para responder aos maiores desafios da programação», garante. Por outro lado, o presidente da Câmara considera que chegou ao fim um percurso de «muitos anos e de esforço enorme» da autarquia na concretização deste equipamento. Já a presença da ministra da Cultura é vista como um «reconhecimento» da dimensão do investimento, da «mais-valia» do projecto e do futuro apoio da tutela ao seu desenvolvimento. Quanto ao custo final da obra, Álvaro Guerreiro adianta que só será conhecido daqui por uns meses, mas promete torná-lo público nessa altura até para que os guardenses tenham «uma ideia do empenho e do esforço financeiro da Câmara no projecto». Quem não duvida que este é o «melhor» equipamento cultural do interior é Américo Rodrigues. O director artístico acha que estão reunidas todas as condições para fazer do TMG «uma referência». Formado por um grande e pequeno auditórios de 626 e 164 lugares, respectivamente, bem como uma galeria de arte e um café concerto, o complexo tem um custo inicial previsto de cerca de 10 milhões de euros. A sua gestão foi entregue à CulturGuarda, uma empresa municipal criada propositadamente, cujo Conselho de Administração é actualmente constituído por Álvaro Guerreiro (presidente), Esmeraldo Carvalhinho e Amândio Baía (vogais). Francisco Dias será o director financeiro.

Luis Martins

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