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A «voz própria» dos quadros de Chichorro

«Os quadros têm voz própria. São eles que vão dialogar convosco, se não for assim não vale a pena». Foi com este convite que o pintor Roberto Chichorro abriu, no passado sábado, “a porta” para a explosão de cores proporcionada pela sua exposição no TMG.

Em “Vivências a cores d’um andarilho”, há mais de duas dezenas de quadros onde as figuras humanas são as personagens centrais de autênticos caleidoscópios de cores quentes, traços e formas geométricas. A obra e a presença de Chichorro atraiu uma legião de apreciadores, que deambularam pela galeria e interpelaram o artista plástico sobre os seus trabalhos. A sua vinda à Guarda ficou a dever-se, em parte, a Maria José Dinis da Fonseca, presidente da Associação Sócio-Terapêutica de Almeida (ASTA), que o pintor visita regularmente desde que ofereceu dois quadros para um leilão solidário a favor da instituição. A responsável prefacia, de resto, o catálogo da exposição, onde sustenta que Chichorro tem «o Eterno Humano de que o pedagogo Karl Koning fala, o elemento infantil que é necessário a todos os verdadeiros artistas». Patente, até 20 de maio, a mostra revela um dos mais conceituados artistas plásticos africanos da atualidade. Roberto Chichorro é natural de Moçambique (1941), mas reside em Portugal desde os anos 60.

A «voz própria» dos quadros de Chichorro

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