Ao abrigo do Direito de Resposta, recebemos da direcção da Rádio Clube da Covilhã o seguinte texto.
«É com enorme estranheza que nos deparamos com um artigo de opinião, onde se tecem considerações sobre o funcionamento interno de uma Cooperativa de Comunicação Social por um indivíduo completamente estranho à mesma, que nem sequer faz parte dos seu cooperantes, mas que pretende tão somente denegrir a imagem da instituição em causa.
Manipulando algumas informações que com certeza lhe foram transmitidas, mas que apresenta de forma mentirosa, procurando assim tentar adiar ou mesmo destruir todo um projecto que está prestes a ser concretizado e que demonstra que as decisões tomadas, por quem de direito, foram as mais adequadas.
Mas vamos às verdades deturpadas pela letra deste artigo de opinião: Se este senhor não sabe, seria importante que ficasse a saber que num órgão de comunicação social também existe hierarquia e que o trabalho em equipa é um pressuposto para rentabilizar os meios, pelo que o conhecimento da agenda pressupõe tão somente a planificaçao do trabalho, o que apenas obriga à responsabilização das pessoas no cumprimento das suas tarefas. O que se vinha verificando até então, era a completa anarquia.
Para este senhor, importa realçar que a Cooperativa é dirigida por uma Direcção eleita por sufrágio universal pelos cooperantes, pelo que as decisões referentes à mudançà de instalações são da sua inteira responsabilidade e já que tantas vezes acusa os responsáveis da Cooperativa de usurpação de funções dos trabalhadores, seria importante lembrar-lhe que os trabalhadores também não tem qualquer autoridade legal ou moral para se pronunciarem sobre este assunto e, quanto à lógica informativa, a análise é sua e demonstra o seu espírito mesquinho de Velho do Restelo.
Quanto à análise que pretende fazer sobre as questões de supressão de diversos programas, de certeza que fala sem ouvir, senão teria conhecimento que a Rádio Clube da Covilhã está em emissão especial desde o passado dia 15 de Abril de 2005, pelo facto de se estarem a proceder a intervenções nos meios de radiodifuslo e mudança de instalações. Quando pretende valorizar a saída de um dos funcionários, importa referir que durante duas semanas foi cumprida a grelha de emissão na sua totalidade, porque ao contrário do que afirma, neste momento a rádio não tem apenas um jornalista e um animador, mas quem ouve a nossa emissão constata a existência de mais 14 colaboradores, entre jornalistas, animadores e repórteres, que esses sim, parecem incomodar a inércia que se vivia e que agora se anuncia como mudança, o que parece incomodar sobremaneira o senhor João Canavilhas.
Quanto ao comentário sobre a situação financeira da RCC, é natural que demonstre total desconhecimento da mesma, porque afinal isso não lhe diz respeito, mas para ficar mais tranquilo podemos dizer-lhe que neste momento os compromissos mensais existentes estão a ser cumpridos religiosamente, nomeadamente com os trabalhadores, o que não acontecia desde Agosto de 2004, altura em que se optou por alterar o responsável pela coordenação da estação.
Quant à opção Boidobra para as novas instalações, queira saber que entendemos o concelho como um todo, sem menosprezar qualquer localidade ou freguesia, pelo que a Boidobra tem gente tão digna e que merece tanto respeito como as gentes do centro da Covilhã e afinal o mais importante e primordial para uma rádio não será a localização dos seus estúdios, mas sim os meios de radiodifusão que permitem fazer a rádio chegar às pessoas/ouvintes. Sobre a opção Universidade, ainda aguardamos a concretização dos apoios que o senhor João Canavilhas tinha prometido a interposta pessoa e que, como vem sendo norma desde há muito tempo, muito promete mas nada concretiza, afinal não há conhecimento de que alguma vez tenha contribuído de alguma forma para o engrandecimento da Rádio Clube da Covilhã, a não ser utilizar os meios que lhe são colocados ao dispor para tentar denegrir a imagem da instituição.
Sobre o actual ciclo de vida da RCC, a isenção e a independência só não serão garantidas se influências como as suas chegarem algum dia a afectar quem ali trabalha ou colabora. No que diz respeito aos ouvintes, convidava-o a ouvir a nossa emissão, para efinitivamente poder dissipar as suas dúvidas relativamente à quantidade e à qualidade, o mesmo irá constatar também sobre os anunciantes que confiam no trabalho de quem já conhecem há muitos anos no terreno.
(…)
A concluir, referir-lhe que a Direcção decidiu, desde já solicitar à Mesa da Assembleia, para que o senhor João Canavilhas possa assistir à próxima sessão da Assembleia de Cooperantes, afim de se poder inteirar pormenorizadamente da vida da cooperativa e para que a partir desta possa escrever artigos de opinião ou outros, mas recheados de verdade, para que os leitores possam ser devida e cabalmente informados.
António Jorge Santos Silva, presidente da direcção da Rádio Clube da Covilhã, CRL