P – Como está a decorrer mais uma época de praxes na Universidade da Beira Interior?
R – Considero que esta época de praxes está a correr bem. Penso que a esmagadora maioria dos caloiros está a gostar da praxe e a ser bem integrado na Academia, universidade e cidade da Covilhã. Este ano houve inclusivamente uma nova atividade para os caloiros promovida pela Associação Académica, com o apoio do Forum Veteranum, que foi o “Chorão de Molho”, realizada no Jardim do Lago e que foi um enorme sucesso.
P – Têm sido reportados abusos ou tem estado a correr dentro da normalidade?
R – Felizmente, e também devido ao trabalho desenvolvido pelo Forum Veteranum ao longo dos anos, não existem abusos na UBI e as situações onde há algum excesso são logo identificadas e retificadas.
P – O que é proibido fazer aos novos alunos?
R – Tudo o que o Código de Praxe não permita, desde aproveitamento de cariz financeiro ou sexual a violência física. Os caloiros também não podem ser obrigados a ingerir qualquer tipo de comida ou bebida que não queiram, entre outras situações.
P – Na UBI a praxe é uma forma de integração dos novos alunos, ou tem outros objetivos, nem sempre recomendáveis?
R – A praxe na UBI é uma forma de integração muito importante, pois desde sempre que esta universidade teve uma grande percentagem de alunos que está deslocalizada de vários pontos do país. Desse modo, a praxe tem um papel fundamental na receção a esses alunos, que não sendo de cá teriam mais dificuldades na sua adaptação de outra forma.
P – Que mensagem tenta passar aos caloiros sobre as praxes?
R – A mensagem que tento passar aos caloiros é a mesma que me passaram a mim, de que a época de praxe é um dos melhores períodos que eles vão passar na sua vida e nela irão ganhar coisas fantásticas como, por exemplo, amigos que ainda terão muito depois de terem terminado a sua vida universitária, ou experiências únicas que poderão utilizar na vida futura ou recordar mais tarde com um sorriso.
P – A redução da estrutura curricular da maioria dos cursos pós-Bolonha obrigou a algumas alterações no código de praxe da UBI?
R – Sim, foram feitas algumas alterações ao Código de Praxe em 2007, tendo em conta a passagem de grande parte dos cursos para Bolonha. A principal mudança foi a de que alunos com duas matrículas passaram a poder praxar.
P – Quantos alunos se declaram anti-praxe em média por ano letivo?
R – Não temos uma estatística certa, mas com base na informação de que dispomos, a média de alunos que se declara anti-praxe e que não participam na praxe andará entre os 40 e 80, num universo de 1.000 a 1.200 caloiros, dependendo dos anos em causa.
P – A tradicional Latada tem lugar no dia 23. Quais são as suas expetativas em relação a esse dia?
R – As minhas expetativas para a Latada deste ano são as mesmas que tenho todos os anos. Que seja uma grande festa da Academia e da cidade e que todos os participantes, e acima de tudo os caloiros, se divirtam ao máximo enquanto puxam pelos seus cursos.
P – No seu caso particular, quando era caloiro alguma vez pensou que chegaria a responsável pelas praxes da Academia?
R – Nunca pensei nisso até porque quando entrei nesta Academia o atual Código de Praxe ainda não estava em vigor e na altura não existia o cargo de Imperatorum.
P – Até quando pensa ocupar o lugar de Imperatorum?
R – Em princípio este será o último ano que desempenho este cargo.