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A “porta sul” da cidade mais alta

Entramos na malha urbana da Guarda, após o término da estrada N18 ou N18-1, grosso modo no sentido sul-norte ou vice-versa, desde a Catraia de Bacalhau até à “rotunda do G”, percorremos cerca de 1,5 quilómetros, embora a distância-tempo seja quotidianamente variável, devido aos veículos em marcha lenta, o olhar prende-se de imediato para uma paisagem triste, confrangedora e deprimente! Está esquecida e descapitalizada.

A via de circulação está degradada, piso em mau estado, irregular com buracos, bermas desarranjadas, troços sem passeios, iluminação arcaica, proliferam os fios aéreos caóticos, a estrada está ladeada com vegetação, ervas e arbustos, descuidada, árvores sobredimensionadas, disformes e justapostas, o encaminhamento das águas pluviais é inexistente. Para completar o bilhete-postal destaco as próteses tecnológicas, móveis e dissimuladas…, que são arte de bem receber!

O ordenamento de território significa o que sentimos e vivenciamos do “chão” que ocupamos, usamos e transformamos. Urge uma reconversão e requalificação “rurbana”/ periurbana: intervenção planeada e participada.

Os cidadãos: guardenses, das freguesias contíguas e vizinhas, e os turistas, merecem um “território saudável”, e uma paisagem urbana-rural autêntica, atrativa e diversificada, que possibilite bem-estar físico, cultural e psicológico. Os espaços geográficos modernos são trunfos intemporais e ingredientes do desenvolvimento sustentado. Para quando uma alameda harmoniosa, tranquila e feliz?

João da Cunha Vaz, carta recebida por email

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