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A música é a minha vida

ALUNOS DO ENSINO ARTICULADO – DOIS TESTEMUNHOS

Inês Rodrigues (8º F):

Frequento o Conservatório de Música da Guarda e estou no 4º grau do Curso Básico de Música. Toco flauta transversal: tenho aulas individuais e em orquestra deste instrumento. Para além destas disciplinas, também frequento Coro e Formação Musical.

Adoro música e, na minha opinião, esta área contribui essencialmente para o desenvolvimento mental mas também físico (postura, etc.), sendo importante para o equilíbrio emocional. Tocar um instrumento permite expressar emoções, o que é fantástico.

Ser aluna de música é ótimo; não se trata apenas de aprender a ler uma pauta musical, há que saber interpretá-la, compreendendo e assimilando o espírito do seu criador, o que leva também a adquirir conhecimentos de âmbito geral sobre várias épocas e correntes culturais.

Ainda não pensei muito sobre o meu futuro, mas seguir um curso de música é, por enquanto, uma hipótese em aberto. Aconteça o que acontecer, a música já faz irremediavelmente parte da minha vida e sempre fará.

Irene Aniceto (11º G)

Desde os meus cinco anos de idade que sou aluna do Conservatório. Cada ano ali passado ia recebendo cada vez mais o gosto pela música.

Sempre vi muitos dos meus colegas a irem embora, irem desistindo de um dia serem músicos e então acabavam por optar por um curso “que desse mais saídas”. Eu não conseguia sair, desistir e optar por outro caminho, apesar de me vir a ser incutido desde sempre que a música seria somente a segunda alternativa.

Neste momento somos cinco os alunos que pretendem, como eu, viver da música. Parece um pouco incrível para muita gente que isso seja possível porque o trabalho de um músico é poucas vezes reconhecido. Um músico trabalha todos os dias, durante anos, uma vida, estuda todos os dias para atingir o contacto com o público, que vai durar uma meia hora de “sonho” que pode não vir a ser reconhecido. Mas é isso que nos faz trabalhar, ao tocarmos para o público, transmitirmos através da nossa música o nosso amor pelo que fazemos. Isto é ser aluno de música, aprender a interagir com os outros através de uma arte.

Como aluna do 11º ano tenho uma carga horária muito extensa, cerca de dez disciplinas, onde em cada uma tenho de dar o meu máximo para poder estar preparada para a entrada numa boa universidade e tornar o sonho realidade. Por vezes é difícil conciliar a escola com o Conservatório, são dois tipos de ensino bastante distintos. Mas o produto final dá-nos força para continuar.

Quero tocar para o público, mas quero também ensinar a outros o que eu faço, ensinar-lhes um instrumento e fazer com que gostem da música. Ou seja mostrar o que sinto quando toco e que então gostem de o fazer também. Ensinar a sentir a música e todos os seus sentimentos. É esta, para mim, a definição de música: é a transmissão de sentimentos e emoções através do som.

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