Arquivo

«A minha principal preocupação é resolvermos o problema salarial dos trabalhadores»

Cara a Cara – Pedro Paiva

P – Porque decidiu avançar para a liderança de uma instituição que está com alguns problemas financeiros como a Santa Casa da Misericórdia da Covilhã?

R- Eu diria que alguns problemas é pouco… porque os problemas são, de facto, muito complicados. No entanto, é um desafio e por outro lado é uma instituição que tem um peso muito grande na sociedade covilhanense, o que me fez aceitar este desafio. Agora preciso da colaboração dos diversos parceiros para podermos levar por diante esta nossa intenção, quer com fornecedores, quer com a própria banca, e passa um pouco por aí, pela vontade de todos estes parceiros.

P – Quais as prioridades para este mandato?

R – No imediato, a reorganização da instituição e também aquilo que me preocupa neste momento é resolvermos o problema salarial dos trabalhadores. Essa é a minha principal preocupação. De qualquer forma passa também por alguma negociação com a banca, que iremos ter provavelmente ainda esta semana.

P – Será essa a estratégia a seguir para garantir o saneamento financeiro da instituição?

R – Penso que sim. Tem que haver um envolvimento da banca. Sabemos que não estamos em tempos fáceis, mas se não for com esse envolvimento e com o apoio de outras entidades mesmo até privadas será muito difícil no imediato salvar a casa.

P – Despedir trabalhadores poderá ser também uma solução a adotar?

R – Não é a primeira solução, não é por aí, nem é esse o nosso objetivo, mas isso não significa que não possa vir a acontecer. O despedimento de trabalhadores é pelos dois lados: tanto por iniciativa da entidade empregadora como do próprio trabalhador, mas é uma situação que para já não se coloca.

P – E quanto a suspender o pagamento de subsídios de férias e de natal por um período de 26 meses, como defendia a anterior mesa administrativa?

R – Não. Neste momento não há qualquer hipótese de se poder proceder já ao pagamento do subsídio de natal. No entanto, quanto ao salário do mês de dezembro estamos a desenvolver esforços para que seja pago o mais rapidamente possível.

P – Vai haver alterações substanciais no modo de funcionamento da Misericórdia?

R – Sim, terá que haver uma racionalização nos serviços, otimização dos mesmos e teremos que fazer a instituição funcionar por si só, rentabilizar as valências que estão instaladas e eventualmente acrescentar outras como, por exemplo, um centro de dia.

P – Que projetos gostaria de implementar durante o seu mandato?

R – O primeiro projeto que gostaria de ver implementado é abrir as portas da instituição à sociedade covilhanense. Esse é um objetivo que penso vir a fazer rapidamente.

Pedro Paiva

«A minha principal preocupação é resolvermos
        o problema salarial dos trabalhadores»

Sobre o autor

Leave a Reply