O Museu da Guarda homenageia o fotógrafo António Correia com uma exposição retrospectiva do seu trabalho ao serviço da desaparecida Foto Hermínios. A mostra, intitulada “Manifesto de uma Paixão”, é inaugurada esta tarde e revela a dimensão e abrangência da obra deste fotógrafo incansável da cidade e região. Patentes vão estar imagens recolhidas nas décadas de 30 a 50.
Segundo o museu, foi António Correia quem melhor registou a Guarda «na sua plenitude», através do seu olhar crítico, analítico, expositivo, sentimental e estético. Por isso, esta iniciativa é não só uma homenagem, «mas também reconhecimento pela mensagem transmitida, pelo registo temporal, pelo documento oportuno e pela história em imagens», refere uma nota da instituição guardense. António Correia foi fotógrafo profissional e amador, no que a expressão tem de mais puro, pois «fotografou para si, procurou a emoção, buscou a riqueza do contraste luz-sombra, dentro-fora, encontrou poesia no recorte, descobriu elegância, proporcionalidade e rigor nas linhas, encontrou beleza na plasticidade dos instantes e dos momentos únicos». Mas a exposição não é feita apenas dos registos da cidade, uma vez que o museu vai apresentar exemplos da «inegável» criação artística do fotógrafo. “Manifesto de uma Paixão – António Correia, Fotógrafo” está patente até 15 de Outubro e acompanhada de um catálogo cuja edição é do Centro de Estudos Ibéricos e do Museu da Guarda. A mostra pode ser vista todos os dias, de terça a domingo. A entrada é livre.