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A festa da confirmação do título

Souropires sagrou-se campeão distrital da Guarda com a vitória em Trancoso

Ao vencer em Trancoso por três bolas a uma, o Souropires assegurou a conquista do campeonato distrital da Iª Divisão da Guarda. A necessitar apenas de um empate para garantir o título, a equipa de Paulo Batista não deixou os seus créditos por mãos alheias, alcançando uma vantagem bastante confortável nos primeiros 45 minutos. Contudo, a participação do clube do concelho de Pinhel, que contou com uma grande falange de apoio, na IIIª Divisão Nacional da próxima temporada ainda não é um dado adquirido.

Desde o início da partida que se percebeu que o Souropires entrou com vontade de marcar cedo para evitar possíveis dissabores, já que em caso de derrota, o Ginásio Figueirense ainda poderia chegar ao primeiro lugar. Aos 5’, Tó Luís, de livre directo, obrigou Hélder a defesa apertada, para aos 12’ surgir desmarcado ao primeiro poste a cabecear rente ao poste direito. Volvidos dois minutos, o líder do campeonato fez a festa pela primeira vez, com um golo do capitão Marco que após uma jogada de insistência, rematou, à entrada da área, para o fundo das redes. Em desvantagem o Trancoso a jogar em contra-ataque, tentou reagir, parecendo ter ficado por assinalar uma grande penalidade à passagem do minuto 19 por alegado derrube a Marco Pinto. Quando estavam decorridos 22’, Tiago, de livre directo no lado direito, a atirar muito perto do poste. O segundo golo surgiu à meia-hora de jogo, na sequência de um pontapé de canto apontado por Tiago, com o guardião Hélder a ser traído pelo vento que mudou a trajectória da bola, com David a só ter que empurrar para a baliza. Sem tirar o pé do aclelerador, o Souropires chegou ao terceiro, aos 42’, na transformação de um “penalty” apontado por Artur que, Renato Gonçalves, entendeu ter sido derrubado em falta por Bengas que foi poupado pelo juiz da partida.

No segundo tempo, os comandados de Paulo Batista entraram a gerir a larga vantagem de que dispunham, desperdiçando algumas boas ocasiões para aumentar o “score”. Desta forma, aos 46’, 62’ e 86’, Hélder negou o golo a Ginha, Bessa e Zé Tó, respectivamente. Quanto ao Trancoso chegou ao merecido tento de honra, aos 81’, com um grande pontapé de Daniel Lopes, que ainda de muito longe, rematou cruzado, sem hipóteses de defesa para o veterano Melo. O árbitro Renato Gonçalves esteve mal, nomeadamente no primeiro tempo, onde mostrou dualidade de critérios na amostragem dos cartões, em prejuízo do Trancoso.

Visivelmente emocionado, Paulo Batista, não cabia em si de contente no final da partida, considerando que o primeiro lugar é «inteiramente justo já que o Souropires foi a melhor equipa do campeonato. Fomos campeões sem ajudas de ninguém», sublinhou o técnico campeão que ainda não sabe se continua ao leme da equipa, embora confesse que «gostava de participar na IIIª Divisão», realçando que «é preciso ter um grande plantel e uma grande equipa» para entrar nos Nacionais. Por sua vez, António Baraças, o presidente do novo campeão distrital da Guarda, sentiu uma «grande alegria» pela conquista do título, deixando a indicação de que o clube poderá mesmo ascender aos Nacionais: «Se não visse este apoio todo, pensaria duas vezes. Agora assim, dificilmente tomarei a posição do clube não entrar na IIIª Divisão na próxima época», adiantou. Quanto a Carlos Ascensão, técnico do Trancoso, considerou que a sua equipa acabou por ser um «digno vencido», não sendo «muito importante falar em eventuais erros de arbitragem», sublinhando que o Souropires foi um «justo campeão», afirmou.

Ricardo Cordeiro

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