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«A direção dos bombeiros tem que dar garantias junto da banca para construir o quartel de Famalicão»

Cara a Cara – António Fontes

P – Já começou a construção do quartel dos bombeiros de Famalicão da Serra? Para quando está prevista a sua abertura?

R – A conclusão da obra está prevista para 15 de fevereiro de 2018.

P – Como está a decorrer a campanha de angariação de fundos para financiar parte da obra? Como e quem pode ajudar?

R – Pode ajudar toda a comunidade da freguesia de Famalicão, mesmo os residentes fora desta freguesia e todas as pessoas e empresas que queiram contribuir. A todos aqueles que contribuírem a associação passará o respetivo recibo para benefício fiscal. Os interessados podem contribuir com donativos através do IBAN PT50 0045 4041 4028 0235 9036 2.

P – A que se destina esse dinheiro?

R – O dinheiro angariado será aplicado no pagamento de 15 por cento (cerca de 14 mil euros) da contrapartida nacional, pois os restantes 85 por cento (cerca 80 mil euros) da contrapartida serão suportados pela Câmara Municipal da Guarda. Sem esta comparticipação da CMG não seria possível avançar com as obras. Não poderíamos, por isso, deixar de manifestar reconhecimento ao senhor presidente da Câmara. Quero ainda realçar o empenho e rapidez dos técnicos do município afetos a este projeto. A Associação Humanitária também agradece ao Governo, e em particular ao senhor primeiro-ministro António Costa, por ter aprovado esta obra.

P – E o restante, está garantido? Acha que os responsáveis da Associação Humanitária poderão ter que vir a dar garantias bancárias?

R – Os membros da direção estão conscientes de que é necessário dar garantias junto de uma instituição bancária, dado que o processo está em fase bastante adiantada. Só assim poderemos pagar ao empreiteiro a faturação a tempo e horas, pois a gestão do quadro comunitário “Portugal2020” só reembolsa 85 por cento do financiamento depois desta associação fazer prova de pagamento.

P – Conseguida a construção do quartel, quais são as principais carências da corporação?

R – O importante agora é a construção e adquirir o equipamento, pois não foi aceite no processo de candidatura ao quartel. Também são necessários mais dois veículos e equipamento de proteção individual de combate a fogos florestais e urbanos.

P – Qual é neste momento a “fotografia” dos bombeiros de Famalicão em termos de meios humanos e veículos? Também sente a falta de voluntários?

R – Felizmente, até ao momento, este corpo de bombeiros ultrapassa a meia centena de elementos no corpo ativo. Temos em funcionamento a escolinha de bombeiros (infantes e cadetes) com cerca de 20 elementos.

P – Como vê o setor dos bombeiros e da proteção civil no distrito da Guarda?

R – A curto/médio prazo ainda há jovens para manter os corpos dos bombeiros a funcionar. À falta de incentivos concelhios e nacionais para atrair os jovens para os voluntários, seria bom para as corporações que as Câmaras e a tutela do Ministério da Administração Interna fizessem uma reflexão sobre o voluntariado nos corpos de bombeiros.

Perfil:

Presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Famalicão da Serra

Idade: 61 anos

Naturalidade: Gonçalo (Guarda)

Profissão: Empresário

Currículo: Sócio fundador da Associação Cultural e Social de Famalicão da Serra e seu presidente durante 18 anos; sócio fundador do Grupo Desportivo de Famalicão da Serra e seu presidente durante 4 anos; sócio fundador do Centro Cultural de Famalicão da Serra e seu presidente durante 4 anos; sócio fundador do Clube de Caça e Pesca de Famalicão da Serra e seu secretário 8 anos; presidenta da Junta de Freguesia de Famalicão durante 20 anos e sócio fundador da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Famalicão da Serra, a que preside há nove anos.

Livro preferido: “Os Memoráveis”

Filme preferido: “Africa Minha”

Hobbies: Agricultura biológica, caça e voluntariado.

António Fontes

Sobre o autor

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