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A derrota menos esperada

Sporting da Covilhã perdeu em casa pela primeira vez e desceu para a quarta posição

O Sporting da Covilhã escorregou pela primeira vez em casa esta temporada, frente ao Feirense, e saiu dos lugares de subida. A turma serrana caiu para a quarta posição e está agora a três pontos do novo líder, o Olhanense. O encontro prometia mais uma vitória dos “leões da serra”, que defrontavam o “lanterna vermelha”, mas os visitantes, através de uma estratégia ultra-defensiva e de anti-jogo durante toda a segunda parte, estragaram os planos aos comandados de João Salcedas.

O Covilhã até entrou a todo o gás e logo aos 2’ Sanussi teve uma boa hipótese para inaugurar o marcador, só que o remate saiu por cima do travessão. No minuto seguinte foi Cunha quem esteve muito perto do golo, não fosse Hélder Godinho desviar para canto. No entanto, esta “entrada de leão” durou pouco e o Feirense começou a acertar na marcação frente a um Covilhã órfão da técnica e espontaneidade de Pimenta. O encontro tornou-se enfadonho, com muitas bolas pelo ar e sem lances de qualidade. Numa das poucas descidas à área de Serrão, o Feirense acabou por marcar o golo da vitória. Serginho teve um grande trabalho pela esquerda e centrou, só que a defesa serrana cortou para para a zona central onde surgiu Daniel a fuzilar o guarda-redes covilhanense. Se a malha já estava apertada, as coisas pioraram para o Covilhã com o golo do Feirense, que não deu espaços para os locais criarem lances de perigo. À beira do intervalo, Salcedas fez entrar Nii Amo, mas, ao tirar Cunha, perdeu um pouco o meio-campo.

O início da segunda parte também prometeu, graças a um cabeceamento de Oliveira que quase dava golo, valendo ao Feirense a boa defesa de Hélder Godinho, natural da Guarda. Depois deste lance o encontro terminou praticamente devido ao anti-jogo praticado pela turma de Santa Maria da Feira. Houve quase de tudo para ganhar tempo, desde muitos jogadores no chão, a demoras na reposição do esférico e a uma defesa superlotada, factores que não deixaram o Covilhã chegar, no mínimo, ao empate. Para piorar a situação, os locais abusaram do “chuveirinho”, mas Hélder Godinho e Mamadi, grande exibição, não deram hipóteses ao ataque serrano. No final, João Salcedas considerou o resultado «injusto», num encontro onde o Covilhã «trabalhou muito, mas não teve sorte na finalização». Francisco Chaló, treinador do Feirense, afirmou que a estratégia da sua equipa resultou «em pleno», numa partida que «não primou pela técnica».

Francisco Carvalho

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