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«A construção de um novo quartel seria um objectivo a curto prazo»

Cara a Cara – Entrevista – Emídio Martins

P – Porque decidiu recandidatar-se?

R – Especialmente pelo muito trabalho realizado nos últimos anos. Apesar de cansados, as pessoas pediram-nos para continuar e há um pedido especial de uma pessoa que tem ajudado muito a Associação e isso fez-nos ponderar avançar para mais um mandato. Isto, partindo do princípio de que só aceitaria recandidatar-me se fosse com a mesma equipa, porque a dimensão actual desta associação requer muita atenção, trabalho e disponibilidade de tempo. Portanto, espero que haja uma continuação do trabalho até agora desenvolvido.

P – Quais os principais projectos que pretende desenvolver neste seu terceiro mandato à frente dos Bombeiros Voluntários da Covilhã?

R – Desde que entrei para esta instituição que não traço projectos para apresentar. Mas há dois assuntos que terão que ser ponderados agora e que, de resto, não são novos, mas muitos outros foram sendo resolvidos ao longo do tempo. Continua a existir o problema da substituição das viaturas muito antigas por outras mais novas e outra ambição era arranjar um quartel em condições, pois este jamais poderá dar para se manter a actividade. Isto hoje está completamente desfasado da realidade dada a sua dimensão e localização na cidade, o que provoca dificuldades às outras pessoas, porque estão a sair, sistematicamente, ambulâncias do quartel e a nós próprios para chegarmos o mais rápido possível às ocorrências.

P – A construção de um novo quartel é um objectivo a curto prazo?

R – Seria, mas está completamente fora de hipótese ser resolvido pela própria associação. Estamos dependentes de alguém que tenha capacidade financeira para tal. Como não depende de nós, não podemos estar a pensar que se vai realizar. Quanto às viaturas, temos vindo a conseguir resolver muitos problemas, anda não todos, mas vamos continuar a tentar resolvê-los.

P – Falou na renovação da frota. Há alguma viatura em especial que esteja a fazer falta?

R – Continua por resolver o problema das viaturas florestais, porque se em 2005, antes de nos ter ardido um carro, já estávamos como a prioridade número um do distrito, depois disso ainda pior ficámos. Com a ajuda de congéneres francesas temos andado a importar veículos muito usados, mas que nos têm dado muito jeito e agora estamos à espera que, através do Governo, chegue brevemente à associação um desses veículos florestais de combate a incêndios. Iremos também ver se conseguimos resolver o problema de uma viatura urbana de combate a incêndios. Vamos tentar, porque, como já disse, nunca prometi nada, a não ser trabalho.

P – Quanto ao número de bombeiros, é satisfatório?

R – Sim. É preciso é que as pessoas que queiram vir para aqui saibam que esta é uma vida difícil e que tenham disponibilidade mental e tempo. É preciso ter noção de que os bombeiros de hoje não são os de há 20 ou 30 anos, quando havia uma ou duas ocorrências por ano. Hoje não há necessidade da sirene tocar, porque conseguimos resolver os problemas de imediato. Estamos à espera da homologação do quadro para um quartel tipo 1 face à nova lei, portanto teremos na ordem dos 120 bombeiros.

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