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«A cidade fica a ganhar por ter um serviço regional que está sediado na Guarda»

Cara a Cara – Entrevista: António Carlos Santos

P – O que terá levado o Conselho de Administração da Fundação Inatel a escolhê-lo para delegado regional do Centro?

R – Em primeiro lugar, penso que terá sido a experiência adquirida ao longo de mais de sete anos como delegado distrital, que permite conhecer a casa, embora na altura fosse instituto público e hoje uma fundação, um pouco diferente ao nível da gestão. De qualquer modo, a actividade desenvolvida será em tudo semelhante aos princípios de antigamente e até aos que levaram à constituição da própria organização, há 74 anos.

P – O que poderá a Guarda ganhar com o facto da sede da delegação da Região Centro ficar instalada na cidade?

R – O nome já ganhou de certeza. Ganha pelo facto de haver um serviço que é regional e que está sediado na Guarda. Esse nome fica automaticamente vinculado a esta mesma delegação. A partir daí iremos obviamente engendrar esforços para que possamos alargar um pouco o leque de competências e de actividades que, por si, já não são tão poucas quanto isso, uma vez que há um calendário próprio desta agência. Agora é tentar compatibilizar as várias actividades sempre que possível nesta mesma Região Centro. Mais tarde, se tivermos tempo e oportunidade, é conjugá-las depois com outras das diferentes regiões do país e criar um circuito em que os beneficiários possam, de alguma forma, participar em actividades de outras regiões, de outras agências.

P – Significa que a Guarda vai ganhar mais dinâmica?

R – O objectivo passa também por aí. Se é aqui o epicentro da organização em termos regionais, haverá à partida um maior movimento. Não digo de actividades. Não estou com isto a discriminar os outros distritos. Tentarei sempre ser justo e ponderado quando tiver de tomar decisões. Temos que entender também qual a dinâmica regional porque a região vai da Guarda até Leiria, Aveiro, Coimbra e Viseu.

P – Qual será em concreto o papel da delegação da Região Centro?

R – Num primeiro momento tem como missão coordenar um pouco a actividade das agências. Ou seja, uniformizar procedimentos. O ideal seria o procedimento ser até adoptado a nível nacional. De qualquer modo, o procedimento poderá ser apenas regional, se houver essa necessidade. Ou seja, determinadas iniciativas terão de ser organizadas de acordo com os mesmos parâmetros, que sejam adequados às várias agências. Em primeiro lugar, há que harmonizar toda a organização.

P – Até porque há mudanças com a passagem a fundação…

R – Antigamente as delegações eram um pouco cada uma por si. Obviamente que hoje há projectos próprios, específicos. Não se pretende retirar as características próprias a cada região. Se, por exemplo, aqui no distrito da Guarda o tiro ao alvo ou a pesca são actividades desportivas que, a par do BTT e eventualmente da canoagem, têm bastante adesão, se calhar o mesmo não acontece em relação à vela ou ao futebol. Temos de fazer um pouco a radiografia daquilo que está a acontecer na região para depois então irmos ver conjuntamente com os vários delegados regionais o que poderá ser feito a nível de país. É preciso entender qual a dinâmica que se pretende imprimir.

P – Quando olha para a região no seu todo, o que vê?

R – Vejo, antes de mais, que é a maior do país, com seis distritos. É aquela que tem mais equipamentos em termos de centros de férias e abrange dois balneários termais, em S. Pedro do Sul e Manteigas. Depois, esta região vai até Santa Maria da Feira, Foz do Arelho e Piódão. Portanto, é grande.

P – A sede da delegação da Região Centro poderá vir a ter instalações próprias?

R – Efectivamente, estas instalações são arrendadas e não são próprias. Penso que não faz sentido estarmos a alugar uma outra estrutura, pagar mais um aluguer de contador de luz e de água. Faria sentido sim, eventualmente, fazer crescer estas instalações, criando mais um gabinete ou mais um apoio. Mas dentro da própria agência. Ou seja, dois em um. Não há necessidade de ficar autónoma. Mesmo a questão do telefone, serve perfeitamente a mesma central, o mesmo número, com uma extensão. Iríamos duplicar custos que penso que não são necessários. Precisávamos de alargar um pouco mais as instalações para que a delegação regional pudesse ter a dignidade que penso que deve ter.

António Carlos Santos

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