Arquivo

«A Casa do Benfica da Guarda vai ter atividades lúdicas, didáticas e desportivas»

Cara a Cara – Armando Gomes

P – O que motivou a reabertura da Casa do Benfica na Guarda?

R – Foi o vazio que se sentia nos benfiquistas desta cidade. O polo aglutinador que irmanaria todos os benfiquistas seria, como vai ser, a edificação de uma Casa com “c” grande, onde todos, independentemente dos seus gostos clubísticos, se sentiriam bem. Pugnou-se para institucionalizar na nossa cidade esse verdadeiro elo que virá a ser a Casa do Benfica na Guarda. Tentamos e continuaremos a tentar construir um verdadeiro “paquete” de luxo para que ele navegue por muitos e muitos anos na memória de todos os guardenses. Temos “timoneiros” à altura para o levar a bom porto.

P – Quais os principais problemas com que se deparou a Comissão Instaladora?

R – Foram a desmobilização total dos benfiquistas, o descrédito total por parte dos benfiquistas da nossa cidade sobre o eventual aparecimento de uma Casa verdadeira. O passado da primeira Casa e afins não deixou muitas saudades nos benfiquistas da Guarda. Frases como “Ver para crer, como São Tomé”; “Logo se vê”, “Se abrir fazemo-nos sócios”, etc., etc., eram o pão nosso de cada dia. A Comissão Instaladora (a verdadeira Comissão Instaladora) porfiou e trabalhou incessantemente para que “o gelo” de dúvida acumulado nestes anos se começasse a derreter. Assim como o clima na nossa cidade se alterou para melhor, também nós pensamos que o novo (ver) dos adeptos e simpatizantes do Glorioso está também a mudar para melhor.

P – Qual o balanço destes primeiros meses de funcionamento da Comissão Instaladora?

R – Ciclopicamente falando, diremos que é difícil, conturbado e acintoso. Proficamos apesar dos escolhos da estrada, estrada asfaltada com alguns buracos e dos pedregulhos lançados por gente – dizendo-se benfiquista – que tentava a todo o custo que o nosso “acidente” fosse espetacular e mortífero. Em concreto: no pretérito setembro de 2013 deu-se o despertar de consciências com o objetivo da legalidade, verdade e, acima de tudo, da cidadania. Germinou a ideia consistente de criar na Guarda a Casa de sonho dos benfiquistas. O sonho foi concretizado e, como tudo na vida, quando não há euros, sobram as dificuldades. Mas acontece que há “mecenas”, com euros que possivelmente não lhe pertencem. Poderiam ser a alavanca espiritual e económica para nascer a Casa do Benfica da Guarda, com “c” grande. Vamos lançar um repto a quem se define como defensores dos fracos e dos oprimidos, como homens de verticalidade e consciência imaculada: A vós que possuís coletas, não vossas, e que dizeis que estais ou estaríeis disponíveis para liderar o sonho dos benfiquistas guardenses, que façais “mea culpa” e entregueis o óbulo que possuís à causa que dizeis defender. Aguardamos pelo pagamento da dívida espiritual que transportais há vários anos. A vossa consciência define o cidadão.

P – Quais os motivos que levaram ao encerramento da anterior Casa do Benfica?

R – Não posso responder, pois apenas fui sócio e pouco a frequentei.

P – Onde ficará a sede?

R – Não seria correto nem linear privilegiar O INTERIOR em relação a esse assunto. Como primaremos por um bom relacionamento interpessoal e comunicativo com todos os órgãos de comunicação social regionais, brevemente, todo o projeto será devidamente esclarecido em conferência de imprensa.

P – Quando serão eleitos os novos órgãos sociais? Quais deverão ser as prioridades após a eleição?

R – Os novos órgãos sociais tomarão posse após o ato eleitoral, supervisionado pelo Sport Lisboa e Benfica, e que terá lugar, provavelmente, na última semana de março. Na apresentação da lista oficial à direção da Casa será abordado e esmiuçado o seu conteúdo programático.

P – Que tipo de atividades poderão vir a ser desenvolvidas pela Casa do Benfica?

R – Num contexto lato, vamos abranger o lúdico, o didático, o desportivo e um excelente relacionamento interpessoal com as forças vivas da cidade. A seu tempo, apresentaremos as nossas atividades detalhadamente.

P – Quantos associados tem a Casa do Benfica? Há muitos com cotas atraso?

R – Em relação ao número de sócios, diremos apenas que a entrada de propostas tem acontecido em catadupa, mas não temos de momento números concretos. Aproveitamos a oportunidade para comunicar aos benfiquistas que preencheram um documento de uma pseudo comissão existente que os mesmos não têm validade alguma. Quem quiser inscrever-se como sócio da Casa do Benfica efetiva terá que procurar os elementos da Comissão Instaladora que fornecerão o modelo aprovado pelo departamento de Casas do SLB. Só esse tem validade.

Armando Gomes

Sobre o autor

Leave a Reply